Frequentemente descrita como "a última ditadura da Europa", a Bielorrússia está perseguindo padres que mencionam a guerra movida na Ucrânia pelo regime de Vladimir Putin, de quem o ditador bielorrusso Aleksandr Lukashenko é aliado incondicional.
Multa por causa de adesivo
Um dos casos mais recentes de intimidação ocorreu com o padre greco-católico Vasyl Yegorov, de Mogilev, que, segundo informações do portal de notícias Gaudium Press, foi multado no equivalente a 500 dólares apenas por ter utilizado um adesivo com a frase "Ucrânia, perdão!".
Intimação por compartilhar vídeo
O padre católico polonês Andrzej Bulczak, que vive na Bielorrússia há 14 anos, foi intimado a prestar declarações à polícia porque compartilhou um vídeo de 2 minutos no qual uma jovem bielorrussa denuncia:
A audiência do pe. Andrzej tinha sido marcada para 25 de março, dia da Anunciação, mas foi adiada - o que, para ele, foi "um sinal de que Maria talvez queira que aconteça algo diferente". De fato, como o visto dele expira em maio, o sacerdote resolveu antecipar o seu retorno à Polônia.
6 dias preso por foto de bandeira no perfil
Outro sacerdote católico, o pe. Oleksandr Baran, também foi preso porque, em 24 de fevereiro, dia da invasão da Ucrânia pelas tropas russas, usou como foto do próprio perfil nas redes sociais as bandeiras da Ucrânia e da Bielorrússia. Esta aberrante medida punitiva o manteve na cadeia durante 6 dias, muito mais que as 72 horas permitidas pela lei de detenções no país. O sacerdote declarou a respeito: