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Bispo completa 1 ano de prisão arbitrária na China

Perseguição e prisão de bispos na China por serem fiéis à Santa Sé
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Francisco Vêneto - publicado em 01/06/22
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Ele se recusa a aderir à associação falsamente "católica" criada e controlada pelo Partido Comunista

O bispo dom Joseph Zhang Weizhu, da diocese de Xinxiang, completou recentemente 1 ano de prisão arbitrária na China.

Ele foi preso em 21 de maio de 2021, logo após uma cirurgia para tratamento de câncer, sem nenhuma acusação formal. Seu "crime" perante o regime comunista de Pequim foi não aderir à assim chamada Associação Patriótica Católica Chinesa, que, apesar do nome, nada tem de católica.

Trata-se de uma entidade-fantoche, criada pelo Partido Comunista Chinês, para manter estrito controle sobre os católicos no país e cortar seus vínculos com a Santa Sé. Os fiéis leigos, os religiosos e os clérigos que preferem manter-se unidos ao Papa em vez de sujeitar-se aos desmandos do regime chinês passam a sofrer perseguições que, por exemplo, podem incluir confiscos, prisões arbitrárias e até "sumiços" misteriosos.

Seguindo o exemplo de dom Joseph, vários sacerdotes e seminaristas da diocese fizeram o mesmo que ele e, por conseguinte, também foram presos. Alguns foram autorizados a voltar para casa, mas proibidos de retomar os estudos teológicos. Os padres libertados precisaram frequentar "sessões de reeducação política".

Já o bispo é mantido preso até hoje, num patente desrespeito perpetrado pelas autoridades chinesas diante da própria legislação, que, na teoria, proíbe que um cidadão permaneça detido sem acusação durante mais de três meses.

Apenas dois membros da família de dom Joseph foram autorizados a visitá-lo por breves minutos e na presença de um funcionário, por ocasião do ano novo chinês. Fiéis da diocese se dizem preocupados com a saúde física e psíquica do prelado.

Medidas implementadas ao longo dos últimos meses restringem ainda mais a atividade religiosa na China. Elas são permitidas somente em lugares registrados e monitorados pelo governo. Os religiosos e padres católicos, oficialmente, só podem exercer suas funções na Associação Patriótica Católica Chinesa, que, como já dito, nada tem a ver com a verdadeira Igreja Católica.

O site Bitter Winter informa regularmente sobre a grave situação de perseguição religiosa na China comunista.

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