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Papa sobre desvios doutrinais na Alemanha: “não precisamos de duas igrejas evangélicas”

Caminho Sinodal Alemão envolve riscos de desvios doutrinais
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Francisco Vêneto - publicado em 17/06/22
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Certas propostas debatidas no Caminho Sinodal Alemão se afastam radicalmente da doutrina da Igreja

Ao falar sobre desvios doutrinais na Alemanha, o Papa Francisco teria afirmado que "não precisamos de duas igrejas evangélicas" naquele país. Estas palavras, segundo reportagem da importante revista italiana La Civiltà Cattolica, teriam sido ditas pelo pontífice ao presidente do episcopado alemão, dom Georg Bätzing.

O contexto da reportagem é uma audiência concedida pelo Papa Francisco em maio aos editores de revistas europeias dos jesuítas - entre as quais está a própria La Civiltà Cattolica. Transcorrido um mês desde aquela audiência, a publicação italiana divulgou que, na ocasião, uma das perguntas apresentadas ao Papa foi sobre o caminho sinodal na Alemanha e, em particular, sobre a situação da diocese de Colônia.

Conforme reportado por La Civiltà Cattolica, Francisco respondeu:

Em fevereiro, a assembleia do Caminho Sinodal Alemão votou a favor de se tornar o celibato opcional, bem como de se autorizar a ordenação sacerdotal de mulheres, indo frontalmente contra a doutrina católica baseada na instituição do sacramento da ordem por Jesus Cristo. O Caminho Sinodal Alemão também propõe mudanças na doutrina católica sobre atos homossexuais. Bispos do mundo inteiro têm alertado para o perigo de um novo cisma na Igreja, provocado por desvios doutrinais na Alemanha.

Em diversas entrevistas, dom Georg Bätzing procurou minimizar as vozes preocupadas com esses desvios doutrinais. Em declaraçõe mais recentes, ele passou a afirmar que não mais responderia a esses questionamentos - o que, no entanto, contradiz a alegada "sinodalidade" com que se tenta justificar a suposta "necessidade" de mudanças doutrinais.

Ainda de acordo com o relato de La Civiltà Cattolica, o Papa Francisco declarou ter meditado durante um mês sobre a longa carta que escreveu em 2019 aos católicos alemães, na qual manifesta seus pensamentos sobre a deterioração da fé na Alemanha. Francisco teria afirmado:

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