A ditadura da Nicarágua impediu o padre Guillermo Blandón de voltar ao país após uma viagem a Israel.
Trata-se do segundo sacerdote a sofrer o mesmo tipo de veto ditatorial neste mês de setembro: no dia 11, o departamento de Imigração e Estrangeiros da Nicarágua havia impedido a entrada do padre Juan de Dios García, vigário da paróquia de Santo Cristo das Colinas, que tinha viajado aos Estados Unidos. As informações são do jornal nicaraguense La Prensa.
A Igreja Católica é o alvo preferencial da perseguição perpetrada pelo regime do ex-guerrilheiro de esquerda Daniel Ortega e sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo.
A situação é tão grave que, em 15 de setembro, o Parlamento Europeu aprovou, por 538 votos a favor e 16 contrários, uma resolução que exige o fim da perseguição religiosa e, em particular, a libertação do bispo dom Rolando Álvarez, da diocese de Matagalpa, arbitrariamente preso desde 19 de agosto. Nos últimos dias, foi divulgada uma piora em seu estado de saúde.
Junto com o bispo foram detidos também os padres Ramiro Tijerino, José Luis Díaz, Sadiel Eugarrios e Raúl González, os seminaristas Darvin Leyva e Melquín Sequeira e o leigo católico Sergio Cárdenas. Todos foram levados para o presídio de El Chipote, na capital, Manágua: o local é um centro de torturas perpetradas pelo regime sandinista contra seus opositores. Outro sacerdote, o pe. Oscar Benavidez, da diocese de Siuna, também é mantido irregularmente preso no mesmo local.
A propósito da negativa de retorno do pe. Guillermo Blandón à Nicarágua, sua paróquia de Santa Lucía-Boaco, na diocese de Granada, confirmou os fatos neste dia 27: