No dia 22 de outubro, celebramos a memória litúrgica de São João Paulo II, um santo moderno canonizado em 2014. Um santo que alguns de nós, a maioria, ainda traz na memória seus gestos, suas frases e seus ensinamentos.
São João Paulo II, por ter tido um longo papado, escreveu sobre vários temas, sempre propondo uma reflexão e um concreto agir para o bem da Igreja, da família e da sociedade. E como é importante refletirmos como devemos agir para o bem de todos.
Pensar e pesar nossas atitudes, agindo como filhos de Deus que somos, como está na Bíblia: “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” (1 Jo 3,1). Agir com maturidade, sabendo que nossas ações refletem no outro.
Essa reflexão sobre nossas próprias ações é muito importante para nosso crescimento inclusive e principalmente na vida espiritual, que é um processo da evolução do ser humano; da alma e do corpo. É a graça de Deus agindo em nós. Para ajudar nessa reflexão, coloco aqui alguns sinais que levam a maturidade.
Sinais de maturidade na fé
- Ter convicção de Deus, ter convicção da fé (Rm 14, 5; 1Ts 1-5)
- Possuir discernimento do certo e do errado, nunca buscando fazer a vontade própria, mas a vontade de Deus (Hb 5, 14)
- Ter docilidade ao Espírito Santo, viver nos frutos do Espírito (Gl 5, 22)
- Ter capacidade de viver a sacralidade, a vida sacramental. Se Cristo está presente nos sacramentos, somos maduros na fé quando buscamos Cristo nos sacramentos
- Ter empenho na salvação do mundo, não existe espiritualidade ou santidade fechado em si mesmo. Vejamos Santa Terezinha do Menino Jesus, 15 anos de idade num claustro, tudo levaria a fechar-se em si mesma, mas dedicou a vida pela a salvação dos pecadores. A santidade abre, nunca se fecha num grupinho ou numa pessoa. Quem diz que está chegando perto de Deus e se fecha, cuidado não é de Deus, maturidade é preocupação com a salvação do mundo
- Busca constante da conversão, dos pensamentos. Não aceitar, não deixar que nosso coração se torne mundano
- Afastar-nos do mal e abrir-nos a Deus
Buscar a proximidade com Deus
Que todos esses pontos nos ajudem a estarmos cada vez mais próximos de Deus, pois não podemos achar que já estamos prontos, polidos, e nos colocarmos numa atitude imutável. Frases como: “eu fui sempre assim, eu não mudo”, “desde criança sou assim e, na minha idade, já não há muito para mudar” estão erradas.
O itinerário e a maturidade cristã são etapas próprias da virtude da prudência, que é fruto da maturidade psíquica, afetiva, física e espiritual.
Que o Espírito Santo nos ilumine, para que sejamos maduros na fé e sempre mais apaixonados por Jesus Cristo.