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Pensar na morte pode te fazer viver melhor

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Talita Rodrigues - publicado em 26/10/22
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Somente uma análise sincera do nosso fim revela para nós o que verdadeiramente importa, o que fomos, o que somos e o que deveríamos ser

A dificuldade em falar sobre a morte é, na verdade, uma dificuldade com a vida. Muitos não vivem a dádiva que tem, apenas "sobrevivem", prendem-se ao passado ou esperam para viver no futuro. 

Contudo, o envelhecimento, a doença, o sofrimento, as perdas, são inerentes à vida, embora você finja que não ou se esqueça disso. O homem esquece o tempo inteiro do seu fim. E esquece disso porque não guarda consigo o que é verdadeiro e essencial. Ou seja: perde-se na superficialidade.

O compromisso com a vida é algo de muita responsabilidade. Não pensar no fim faz a pessoa abrir mão da consciência. E eu sei que pensar na morte pode ser pesado e marcado por preconceitos. Falar sobre a morte, é na verdade, falar sobre a vida. Refletir sobre a morte é, na verdade, pensar em como viver bem. É viver na integridade. Somente uma análise sincera do nosso fim revela para nós o que verdadeiramente importa, o que fomos, o que somos e o que deveríamos ser. 

A ilusão do "para sempre"

A ilusão do "para sempre" tira a oportunidade de fazer melhor o hoje. Então, de tempos em tempos reflita sobre a finitude e perceba o que sairá dali. Com toda certeza você pensará melhor antes de entrar em "brigas desnecessárias" e nunca mais o sorriso de alguém será só um sorriso. Você se doará mais e se conectará mais. 

Muitas pessoas têm medo de refletir sobre a morte. É claro que ninguém quer morrer, é claro que todos nós lutamos pela sobrevivência, mas a morte é nossa única certeza e pode ser um balizador de nossas ações. Pensar na morte para viver bem é um grande sinal de maturidade.

É claro que ninguém quer morrer, é claro que todos nós lutamos pela sobrevivência, mas a morte é nossa única certeza e pode ser um balizador de nossas ações. Pensar na morte para viver bem é um grande sinal de maturidade.

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