A secretaria da Cúria Diocesana de Itabuna, BA, divulgou nota em que o advogado do bispo Dom Carlos Alberto dos Santos teria recebido salários do governo de Sergipe sem trabalhar.
No documento, Raphael Costa Mota, advogado do religioso afirma: "embora tenha sido instaurado um Processo Administrativo Disciplinar para apurar suposto abandono de emprego, o Bispo Dom Carlos Alberto dos Santos ajuizou uma ação na justiça do Estado de Sergipe com o fito de anular a decisão administrativa que determinou a sua demissão por abandono de cargo. Logo, como a legalidade do ato que motivou a demissão ainda está sendo discutida judicialmente não poderia ser divulgado que foi condenado e demitido por ser funcionário fantasma".
A nota de esclarecimento informa ainda que "não obstante tenha sido ajuizada uma ação de Improbidade Administrativa com pedido de Indisponibilidade de Bens pelo Ministério Público do Estado de Sergipe, no valor de R$ 778.127,59 (setecentos e setenta e oito mil, cento e vinte e sete reais e cinquenta e nove centavos), o religioso ainda não foi citado para contestar a ação."
O caso
O bispo D. Carlos Alberto dos Santos, da diocese de Itabuna, foi acusado pelo Ministério Público de receber salário de professor da educação básica na rede estadual de ensino de Sergipe sem trabalhar desde 2005. Naquele ano, o religioso foi nomeado bispo de Teixeira de Freitas-Caravelas, no estado da Bahia.
Após a denúncia, a Justiça de Sergipe determinou o bloqueio dos bens do bispo no valor de cerca de R$ 778.000,00.
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