Quando Santa Rosa de Lima nasceu, em 20 de abril de 1586, recebeu de seus pais o nome de Isabel Flores de Oliva em homenagem a uma tia, Isabel de Herrera.
No entanto, não demorou muito para que os próprios pais de Isabel começassem a chamá-la de "Rosa".
A troca se deveu à afirmação de alguns parentes e amigos da família que diziam ver uma rosa em seu rosto. Essa história é contada em um livro do século XIX, "As Vidas de Santa Rosa de Lima, da Beata Colomba de Rieti e de Santa Juliana Falconieri":
"Dona Isabel de Herrera, irmã de sua mãe, escolhida como sua madrinha, deu-lhe no batismo o nome de Isabel; três meses depois, porém, enquanto ela dormia em seu berço, a sua mãe e várias outras pessoas, nem todas pertencentes à família, perceberam em seu rosto uma linda rosa, de modo que ela passou a ser chamada desde então por nenhum outro nome senão Rosa, em decorrência deste prodígio".
Tratava-se basicamente de um apelido, até que "o arcebispo de Lima lhe deu o nome de Rosa em confirmação".
Mais tarde, Santa Rosa se sentiria desconfortável com esse nome por considerá-lo vaidoso, já que fazia menção à sua beleza exterior em vez de remeter ao estado de sua alma. Isso a perturbava tanto que ela chegou a chorar de angústia perante a Virgem Maria.
"Tendo entrado na Capela do Rosário, lançou-se aos pés da Santíssima Virgem para lhe dar a conhecer a sua inquietação. Nossa Senhora imediatamente a consolou, assegurando-lhe que o nome de Rosa agradava a seu Filho Jesus Cristo e que, em sinal de seu afeto, a honraria também com seu próprio nome, de maneira que ela deveria ser chamada ainda de Rosa de Santa Maria".
Isto a consolou e ela finalmente se sentiu em paz com o nome de Rosa.
Após a sua canonização, de fato, a primeira santa do continente americano viria a ser costumeiramente retratada, nas obras de arte, adornada com rosas.