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Fazer coisas religiosas não significa ser santo

man praying in church
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Philip Kosloski - publicado em 09/11/23
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Orar, jejuar e dar esmolas são partes essenciais da vida de um cristão, mas não são sinônimos de vida santa

Pode ser tentador pensar que, se rezarmos o Rosário todos os dias, seremos instantaneamente santos. Da mesma forma, se jejuarmos de carne todas as sextas-feiras do ano, isso não significa que somos católicos devotos.

Realizar atos religiosos externos é certamente uma parte importante do ser cristão, mas não significa imediatamente que iremos para o Céu.

São Francisco de Sales explica esta ideia em seu livro "Introdução à Vida Devota":

"Um homem dá grande valor ao jejum e acredita estar levando uma vida muito devota, desde que jejue rigorosamente, embora seu coração esteja cheio de amargura; e, embora não umedeça os lábios com vinho, talvez nem mesmo com água, em sua grande abstinência, não tem escrúpulos em encharcá-los com o sangue do próximo, por meio de calúnias e detrações.

Outro homem se considera devoto porque repete muitas orações diariamente, embora, ao mesmo tempo, não se abstenha de todo tipo de discurso raivoso, irritante, presunçoso ou insultante entre sua família e vizinhos. Esse homem abre livremente sua bolsa para dar esmolas, mas fecha seu coração a todos os sentimentos de gentileza e perdão para com aqueles que se opõem a ele; enquanto aquele está pronto para perdoar seus inimigos, mas nunca pagará suas dívidas legítimas a não ser sob pressão."

São Francisco de Sales salienta ainda que “todas essas pessoas são convencionalmente chamadas de religiosas, mas, no entanto, não são, no verdadeiro sentido, realmente devotas."

Receita para a santidade

A chave para ser santo não está em realizar muitas ações religiosas com o coração vazio.

Em vez disso, somos chamados a entregar a Deus todo o nosso ser, corpo e alma. As nossas ações devem ser acompanhadas por um coração terno, um coração inflamado pelo amor de Deus.

Se rezarmos o Rosário todos os dias, devemos deixar a oração penetrar no nosso coração e abrandá-lo, para que possamos ajudar o próximo necessitado.