A blasfêmia, conforme o Catecismo da Igreja Católica (CIC), consiste em ser contrário a Deus e dizer palavras de ódio, de censura, que contêm maldade sobre o Senhor.
A prática da blasfêmia é considerada pecado mortal. É ir contra o segundo mandamento “Não falar seu santo nome em vão” e, dessa forma, faltar com respeito nas conversas e discussões.
São ainda considerados pela Igreja como blasfêmias as seguintes situações:
- Dizer palavras contra a Igreja de Cristo.
- Pronunciar-se contra os santos e contra as coisas sagradas.
- Utilizar o nome de Deus para a prática de crimes.
- A prática da escravidão.
- Torturas e condenações à morte.
A blasfêmia tem perdão?
Jesus afirmou que todos os pecados serão perdoados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (Marcos 3, 28-29).
Contudo, é importante lembrar que:
“Não há limites para a misericórdia de Deus, mas quem recusa deliberadamente receber a misericórdia de Deus, pelo arrependimento, rejeita o perdão dos seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Tal endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.” (CIC, 1864)
Pe. Inácio de Medeiros, C.Ss.R. explicou ao A12 que o pecado contra o Espírito Santo, mencionado no Evangelho como o único a não obter o perdão de Deus, não se refere apenas à blasfêmia contra uma ou outra Pessoa da Santíssima Trindade, nem somente ao segundo mandamento da lei de Deus.
“Refere ao não reconhecimento da essencialidade e centralidade de Deus na vida do ser humano. Sabendo que é o Espírito Santo que nos concede todos os dons de Deus, entre eles o dom que nos leva ao reconhecimento de Deus em toda a sua plenitude ou atributos. Pecar contra o Espírito Santo significa pecar contra a essência de Deus e desconsiderá-lo”, disse.
Por consequência, de acordo com o pe. Inácio, o ser humano acaba se distanciando totalmente de Deus e sua vida fica sem rumo e sentido.
(A12.com)