Anualmente milhares de fiéis realizam peregrinações para a Terra Santa. Visitam Belém, onde Jesus nasceu; também Jerusalém, onde foi crucificado e ressuscitou; e diversas outras localidades em que ocorreram fatos narrados na Bíblia. A Terra Santa é um museu a céu aberto que proporciona uma vivência profunda da espiritualidade bíblica.
Em 1974 o Papa Paulo VI instituiu uma coleta em toda a Igreja para sustentar as iniciativas da Igreja Católica na Terra Santa. Desde então, na Sexta-feira Santa, as paróquias do mundo inteiro destinam os recursos financeiros para a Terra Santa.
Além de manter a estrutura dos locais sagrados, a coleta mantém os religiosos que lá atuam e também as obras católicas que vão desde escolas a centros de saúde.
Frei Francesco Patton é o responsável pela Custódia da Terra Santa, organismo franciscano que atua na pastoral nesta região tão querida do mundo, e afirma que “a coleta da Sexta-feira Santa ajuda a cobrir parte dos custos da manutenção dos lugares e das obras sociais graças à generosidade dos fiéis do mundo inteiro”.
Segundo Frei Francesco: “A experiência deste último ano foi verdadeiramente difícil para todos nós que vivemos na Terra Santa. A guerra em suas múltiplas frentes não só trouxe morte e destruição, mas também semeou ainda mais ódio entre povos vizinhos e irmãos. Muitas famílias ficaram sem trabalho e tiveram dificuldades para levar os filhos para a escola, também para pagar os cuidados médicos dos seus entes queridos”.
O religioso revela as dificuldades para manter as obras sociais e remunerar os professores das escolas católicas. “Contudo, sentimos a necessidade de continuar estendendo a mão no gesto mendicante de quem implora pelo amor dos próprios irmãos: sustentem-nos com a oração; apoiem-nos retornando para visitar os lugares santos como peregrinos, de acordo com suas possibilidades; ajudem-nos financeiramente também, lembrando que tudo o que você doar, o Senhor lhe devolverá cem vezes mais”, apela Frei Francesco Patton.