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[big_first_char_text]Procópio nasceu por volta de 975, no castelo Kourim, perto de Chotoun, na atual República Tcheca.
Recebeu sua educação em Letras Eslavas em Vysehard, que era o centro administrativo e eclesiástico da Boêmia, perto de Praga, e onde existia uma famosa escola de língua eslava. As boas relações entre Procópio e a família ducal indicam sua origem nobre.
Ele era um sacerdote secular de vida simples e dedicado ao serviço de Deus. Depois de ser ordenado foi recebido pelo clero de Vysehard, na Igreja de São Clemente. Os costumes locais permitiam que padres fossem casados e Procópio era casado. Teve um filho chamado Jimram (Emeramo).
Influenciado pelo grande movimento beneditino que surgiu à época na Boêmia, Procópio e seu filho atraídos pelo ascetismo dos beneditinos ingressaram na vida monástica, quase certamente no mosteiro de Brevnov, na Boêmia.
Pouco depois de experimentar a vida de monge do cenóbio, cerca do ano de 1009, Procópio pediu a seus superiores para se dedicar a uma vida ainda mais austera e, com a permissão deles, retirou-se para a solidão em uma caverna junto ao rio Sázava, a cerca de três quilômetros do castelo em que nasceu. Construiu uma pequena igreja dedicada à Virgem Maria e São João Batista. Dedicando-se à oração e à meditação, ele não negligenciou a regra beneditina do “Ora et labora”, e seu trabalho foi limpar a floresta dos arredores, para preparar uma área de cultivo.
Como aconteceu a muitos eremitas santos, sua solidão atraiu muitos visitantes, a quem ele falava da fé e curava doenças com ervas. Naturalmente, alguns visitantes pediram para participar daquela vida de oração e penitência. Diante da demanda, Procópio fundou uma pequena vila de eremitas.
Certo dia, o duque Ulderico ao perseguir um cervo na floresta, se perdeu e encontrou-se com Procópio. Deste encontro, surgiu uma grande amizade e estima. Assim, o duque patrocinou a construção de um mosteiro em alvenaria. Dentre os monges que se juntaram para viver neste mosteiro estavam o filho e sobrinho de Procópio, Jimram e Vito.
Após a morte do duque Ulderico, seu filho Bretislav sucedeu-o, e ao visitar o mosteiro ficou satisfeito com a vida de Procópio. Decidiu elegê-lo abade, mesmo contra a vontade dele. Procópio quis que a comunidade seguisse a Regra de São Bento, a liturgia do rito romano ocidental, utilizando a língua litúrgica eslava. Sob sua orientação, os monges, além dos trabalhos habituais, se dedicaram às obras literárias e artísticas, ampliando cada vez mais as relações com o mundo eslavo. Foi um abade que orientou muito bem seus monges e em seu abaciado nada faltou ao Mosteiro, pois Procópio participava da vida eclesiástica da Boêmia e mantinha boas relações com o duque Bretislav e com o Bispo Severus, de Praga.
Faleceu aos 78 anos, em odor de santidade, no dia 25 de março de 1053.
Sua canonização se deu a 4 de julho de 1204, pelo Papa Inocêncio III.
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