Oração do dia
separateurCreated with Sketch.
Festividade do diasegunda-feira 27 agosto

Santo Amadeu de Lausanne

Monge Cisterciense (†1159)

AVIGNON,FRANCE
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

[insert_title title_left="Santo do dia" /]

[big_first_char_text] Amadeus de Clermont nasceu por volta de 1110, num castelo de nobre família, filho do casal Amadeus Clermont I e Péronile Bourgogne.
Em 1119, Amadeus Clermont fez parte do grupo formado por seu pai, já viúvo, e dezesseis outros cavaleiros que foram para o mosteiro de Bonnevaux, perto de Poitiers, com a intenção de se tornarem monges. O abade aceitou-os, com exceção de Amadeus, que foi considerado jovem demais.
Em 1121, depois de sua profissão de fé, seu pai deixou Bonnevaux e levou seu filho para o Mosteiro de Cluny, onde foram recebidos de braços abertos. Pouco depois, Amadeus foi enviado para a Alemanha com o imperador Henrique V, que o confiou a mestres habilidosos. No entanto, após a morte do imperador, em 1125, Amadeus foi para o Mosterio de Claraval, cujo abade era São Bernardo.
Em 1139, São Bernardo enviou-o como prior para o Mosterio de Hautecombe, que atravessava um período de dificuldades. Diante da observação de seu pai sobre a infertilidade das terras que cercavam o Mosterio, Amadeus respondeu “que, apesar da pouca hospitalidade do lugar e de seu povo, ele não podia tirar deles os bens eternos que os sofrimentos desta vida os fazem merecer e que não havia pessoas que fossem mais úteis para eles do que os monges.” A reputação de Amadeus atingiu a casa episcopal, cujo cargo estava vago. O clero e as pessoas da cidade decidiram elegê-lo para esta posição. Amadeus não se considerou digno de tal cargo e recusou-a várias vezes. Foi o papa, conhecendo a prudência e piedade de Amadeus, que confirmou sua eleição, forçando-o a ir para Lausanne. Amadeus é foi eleito bispo de Lausanne e sua veracidade está documentada num em um diploma de Conrad III que data de 1145. Supõe-se que a data de sua consagração tenha sido 21 de janeiro de 1145.
Uma vez bispo foi apresentar-se a para recomendar sua igreja ao imperador que assumiu a proteção do bispado de Lausanne e confirmou todas as suas posses. Da mesma forma, o papa Eugênio III, que havia sido do Mosterio de Claraval, na mesma época que Amadeus, confirmou as doações feitas à igreja de Lausanne. Em 1146, Amadeus participou da assembléia que o Conrad III organizou em Spire, cidade portuária Alemã.
Por volta de 1147, São Bernardo pregou na segunda cruzada. Amadeus III de Sabóia, conde de Maurienne e tio do rei Luís VII da França, queria ir para a cruzada, mas seu filho era jovem demais. Assim, pediu a Amadeus, seu amigo, que cuidasse de seu condado e de Humberto, seu filho. Amadeus defendeu Humberto e seu condado, que foi sitiado pelo irmão do conde, que se aproveitou da ausência do irmão.
Durante seu episcopado, Amadeus esteve às voltas com o conde de Genebra e suas tentativas de assassinato. Este último procurou tomar a cidade de Lausanne. Foi apenas com grande dificuldade que Amadeus conseguiu expulsar o conde de Genebra, arrasando uma de suas poderosas fortalezas. Em 1155, Frederico I confirmou, assim como Conrado III, as posses e os direitos da igreja de Lausanne. Nesse mesmo ano ele nomeou Amadeus Chanceler do Reino da Borgonha.
Amadeus é descrito nos anais da Ordem Cisterciense como um monge com espírito de penitência, compunção e que temia do julgamento de Deus. Ele examinava suas ações e vigiava sobre as almas de seus fiéis. Protetor de viúvas e órfãos era também o consolador de prisioneiros. Um feroz defensor da justiça, ele punia severamente os ímpios. Conseguiu muitos bens paratodas as igrejas que dependiam de sua diocese. Tinha uma devoção especial a Santa Inês. Foi no dia de sua festa que Amadeus nasceu, fez sua profissão monástica, foi eleito abade e bispo, mas foi, sobretudo, um fervoroso devoto da Virgem Maria.
Amadeus adoeceu e faleceu em seu palácio episcopal no dia 27 de agosto 1159. Amadeus de Clermont foi enterrado na igreja de Lausanne. Foi elevado ao número de santos em um tempo desconhecido, mas em 1701 a Congregação dos Ritos permitiu que os monges cistercienses recitassem o ofício do santo. Essa permissão foi confirmada pelo Papa Clemente XI em 1710, por Bento XIV em 1753 e em 1903 e 1910.
[/big_first_char_text]