"A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto redigida sob a moção do Espírito Santo (…) Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados. Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo ele próprio neles e por meio deles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que ele próprio queria" (Catecismo da Igreja Católica).
A partir da realidade apresentada pela Igreja sobre a Bíblia, é importante não apenas compreender, mas sobretudo viver esta verdade, conforme atesta São Paulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça” (II Tim 3,16).
“Os livros inspirados ensinam a verdade. Portanto, já que tudo o que os autores inspirados (ou hagiógrafos) afirmam deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, deve-se professar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus em vista de nossa salvação quis fosse consignada nas Sagradas Escrituras”. (Catecismo, §107).
Quando nos colocamos em oração, conversamos com Deus. No entanto, é importante lembrar que um diálogo é sempre feito por, no mínimo, duas pessoas. Uma fala, a outra escuta e responde. Do contrário, torna-se apenas um monólogo, como ocorre, por exemplo, numa peça teatral.
Assim, qual é a melhor forma de mantermos o diálogo com Deus?
Diversos são os modos. Dentre eles, a Lectio Divina (Leitura Divina) que possui destaque crucial.
O que é a Lectio Divina?
“Lectio Divina é um exercício de escuta pessoal da Palavra de Deus. Funciona como uma escada de quatro degraus espirituais: Leitura, Meditação, Oração, Contemplação. Sendo que os degraus são mais para a compreensão, pois o Senhor, na liberdade do seu Espírito, pode elevar à oração e à contemplação no momento que lhe aprouver. É preciso, portanto, estar aberto à ação do Espírito Santo: “Buscai na leitura e encontrareis na meditação; batei pela oração e encontrareis pela contemplação” (Monge Guido II, Idade média).
Quando oramos, falamos com Deus. Quando lemos a Bíblia, é Deus que nos fala. Agora, quando fazemos a leitura orante da Palavra de Deus, com Ele mantemos uma conversa, tal qual amigos, como acontecia com Moisés: "O Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo." (Exo 33,11).
Por meio da leitura orante, somos despertados para o desejo desse encontro com Deus, bem como para o esforço de entendimento sobre o que está escrito nos textos sagrados. Por isso, é um exercício da razão, do empenho e da inteligência, pela busca da doçura de uma vida bem-aventurada.
A meditação
A meditação nos mergulha mais profundamente naquilo que foi lido. Ajuda-nos a examinar cada detalhe e fazer uma íntima reflexão. Nesse estágio, se começa a pressentir a presença divina e o desejo do encontro com Deus aumenta ainda mais. Ou seja, compreendemos melhor Sua Palavra e crescemos em intimidade com Ele.
Todos os dias, belíssimos textos são lidos na Santa Missa. E se você meditasse com as leituras da liturgia do dia todas as manhãs, em união com milhares de cristãos ao redor do mundo? Reserve um tempo de oração todos os dias para descobrir e orar com os textos litúrgicos. Na rede social de oração Hozana, você encontra, a cada dia, as leituras e a meditação do dia. Clique aqui para receber e rezar diariamente com os textos da Santa Missa.
Procuremos, neste ano que se inicia, meditarmos, a cada dia, sobre aquilo que lemos e ouvimos. Sobre a Palavra de Deus. De modo a crescermos mais e mais em sabedoria e santidade. Afinal, “A sabedoria é luminosa... Quem por ela madruga não se cansa, pois a encontrará sentada à porta. Meditar sobre ela é a perfeição do bom senso”. (Sb 6, 12-15).
Wellington de Almeida Alkmin, pelo Hozana