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Como lidar com a agressividade na adolescência

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Mar Dorrio - publicado em 07/02/22
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É preciso lembrar que, nesta batalha, temos duas ferramentas infalíveis, que seu filho, embora não queira admitir, sente

Em quase nenhuma revista que pretende preparar mulheres para serem mães, você vai encontrar algum artigo que trate de uma praga que se infiltra na sua casa: o ódio por parte dos adolescentes. Ele se instala sem licença, sem permissão, sem você pedir.

Essa "infiltração" geralmente aparece quando seus filhos crescem e você tem que protegê-los de suas más decisões, de suas ações desajeitadas, de seus objetivos inviáveis... Protegê-los de erros que os deixariam com grandes cicatrizes. É quando a praga entra sorrateiramente, quando o ódio chega.

Aquela pessoinha que você viu crescer, que você observou dormindo tranquilamente e pela qual você passou noites em claro começa a te negar. De fato, ela nega você e quer deixar a casa de pedra na qual você lhe ofereceu proteção. Porque, em vez de ver aquelas pedras como os muros que cuidam dela, ela só as odeia, assim como os muros que a aprisionam.

Seus maiores sinais de amor

Você já percebeu que o adolescente não descarrega sua raiva apenas nas quatro paredes de sua casa. Estou falando que ele também rejeita seus abraços, seus conselhos e, sobretudo, seus maiores sinais de amor: suas proibições. Você passa, então, a entender como o ódio e a maternidade estão ligados.

Apenas um pai ou uma mãe podem aceitar o ódio de seus filhos como um pequeno preço para mantê-los seguros. Nós os amamos, e é por isso que queremos o bem deles, mesmo que o efeito colateral do tratamento para alcançá-lo seja receber seu ódio. 

Não é fácil

Dói, dói muito. Que ninguém pense que é fácil, que ninguém pense que esse ódio do filho não nos destrói por dentro. Mas o amor, quando é Amor com letra maiúscula, não um substituto, dá um passo à frente e diz, do fundo desse coração partido: volte-se contra mim, mas eu continuarei aqui para te proteger.

Tudo isso que, em algum momento, ocorre em muitas famílias. Também ocorre nas famílias que sabem que o bem, a melhor versão da vida de seus filhos, anda de mãos dadas com Nossa Senhora. Acima de tudo, porque estamos em uma sociedade que dá a mão, enganada, ao próprio diabo. Assim, seu filho encontrará amigos que o consolarão pelas “panelas” de seus pais e até famílias inteiras que tentarão acolhê-lo, até patrocinando-lhe uma vida de pecado.

Se a tempestade for dura, pode parecer uma batalha perdida. O mesmo que conduz esta sociedade pela mão na direção oposta aos planos de Deus, é aquele que quer que você afunde no poço do desespero. Então o que nós podemos fazer?

Ferramentas infalíveis

Em primeiro lugar, quero lembrar que, nesta batalha, temos duas ferramentas infalíveis, que seu filho, embora não queira admitir, sente: amor e carinho. Esse amor, esse carinho, e esses lares, quando rezamos, desfrutam desse “não sei o quê”, que só a Virgem maria traz, e que um dia sentirão falta.

Portanto,

– reze, reze para que a dor não invada tudo. O tempo diário de oração o tornará capaz de construir pontes sem abrir mão do que é importante. Se você está nessa situação, terá que orar mais do que nunca;

– os exorcistas nos dizem que os demônios são preguiçosos. Então, reze diariamente o Santo Rosário por seu filho, ore pelas pessoas que o afastam de você e do seu conselho de seguir o Senhor;

– ofereça sua dor por sua família, mas não deixe de oferecer uma parte dessa dor para amenizar alguma chicotada, alguma saliva, algum momento da Paixão;

– espere pacientemente. A graça tem seu tempo. E lembre-se que, por pior que vejamos as coisas, a batalha está vencida: basta perseverar.

– Pense que se os amamos a ponto de pagar o preço de seu ódio, o que Deus não fará!

Confiando-nos à Santíssima Virgem e Santa Mônica, vamos nos aproximar, toda a família, cada vez mais de Deus. Por que não?

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