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EUA: Amazon pagará viagens de funcionárias para fazer aborto

Aborto
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Francisco Vêneto - publicado em 03/05/22
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A empresa reembolsará despesas de viagem a funcionários que precisem de procedimentos médicos em outras regiões

A gigante norte-americana do varejo Amazon anunciou que pagará viagens de funcionárias nos EUA para fazerem aborto caso não contem com clínicas disponíveis num raio de até 161 quilômetros da sua residência.

A empresa divulgou que reembolsará em até US$ 4.000 por ano (cerca de R$ 20 mil) as despesas de viagens de funcionários que precisem de procedimentos médicos não disponíveis nas proximidades nem na modalidade de atendimento online.

A iniciativa cobre uma vasta gama de tratamentos e, portanto, não inclui apenas o aborto; no entanto, este foi o procedimento que mais chamou atenções porque reforça o posicionamento pró-aborto da empresa em reação às restrições legais adotadas recentemente por diversos Estados do país.

A Amazon confirmou à rede BBC que o benefício inclui cuidados bariátricos, oncologia, anomalias congênitas até 24 meses após o nascimento do bebê, tratamentos de saúde mental e serviços de pacientes internados por uso problemático de drogas. Os benefícios serão oferecidos a todos os empregados que aderiram a qualquer um dos dois planos de saúde oferecidos pela empresa.

Possível mudança na lei do aborto nos EUA

A Suprema Corte norte-americana deverá julgar em junho um caso capaz de reverter a sentença conhecida como Roe versus Wade, de 1973, que legalizou o aborto em todo o território dos EUA.

Cabe recordar que a sentença se baseou numa farsa que acabou sendo reconhecida pela própria mulher que havia acionado a Justiça pedindo autorização para realizar um aborto. Ela mentiu que a gravidez tinha sido fruto de estupro.

Se a sentença for agora revogada, cada Estado norte-americano voltará a ter o direito de determinar a própria legislação sobre o aborto.

Além da Amazon, outras empresas declararam que pretendem reembolsar suas funcionárias que optarem por viajar para outros Estados a fim de praticar abortos. É o caso da Yelp e do Citigroup. Este último admitiu que a medida é uma "resposta a mudanças nas leis de saúde reprodutiva em certos Estados".

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