A Santa Sé alertou que o Caminho Sinodal Alemão pode ser uma ameaça para a unidade da Igreja.
De fato, os participantes dessa iniciativa da Igreja na Alemanha já votaram a favor de "mudanças" que contradizem a doutrina católica em pontos que a Igreja sequer tem autoridade para alterar, como os sacramentos da ordem sacerdotal, do matrimônio e da Eucaristia.
Entre os exemplos de "propostas" incompatíveis com a doutrina estariam a ordenação sacerdotal de mulheres, a união homossexual e a cessão às pressões para que a Santíssima Eucaristia seja dada em comunhão a divorciados em segundas núpcias e mesmo a não católicos. Os participantes do Caminho Sinodal Alemão também pressionam pelo fim do celibato sacerdotal obrigatório. Recentemente, uma representante leiga do Caminho Sinodal Alemão chegou ao cúmulo de advogar por "mais acesso ao aborto".
O Caminho Sinodal Alemão é basicamente um longo processo de debates entre os bispos do país, um grupo de leigos católicos e uma parcela das religiosas e dos clérigos, que discutem e lançam propostas sobre o exercício do poder na Igreja, o papel das mulheres, a moral sexual e o sacerdócio.
Dadas as várias manifestações de aberta discrepância que caracterizam o Caminho Sinodal Alemão como uma ameça à doutrina consolidada, o próprio Papa Francisco já chegou a chamar a atenção dos participantes para o risco real de romperem com a Igreja. Em entrevista publicada no último 14 de junho, o Papa contou que teve uma conversa com dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, e lhe disse que a Alemanha não precisa de duas igrejas evangélicas.
Antes ainda, em junho de 2019, Francisco já tinha enviado uma carta de nada menos que 19 páginas para os católicos do país, exortando-os a focar na evangelização para responder à "crescente erosão e deterioração da fé". O Papa os orientou a se converterem, rezarem e jejuarem.
Neste 21 de julho, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado oficial em que afirma:
O aviso prossegue:
O comunicado então reforça: