O constante e contínuo silenciamento promovido pelo ditador Daniel Ortega contra as vozes dissidentes na Nicarágua tem como alvo direto a Igreja Católica há pelo menos cinco anos. Entre as medidas mais recentes do regime estiveram a proibição explícita das tradicionais procissões públicas da Semana Santa em todas as paróquias do país, incluindo a Via Sacra, e a expulsão repentina e forçada de um missionário claretiano panamenho.
Na última quarta-feira, 12 de abril, também foram expulsas do país duas freiras da ordem dominicana, procedentes da Costa Rica. Segundo a imprensa local, elas dirigiam, financiavam e administravam uma casa de repouso para idosos desde 1958, além de terem fundado a Escola Primária Santa Susana em 1963.
A expulsão das duas freiras dominicanas foi seguida nesta semana pela expropriação de um mosteiro trapista em San Pedro del Rávago, administrado havia 22 anos por monjas trapistas que tinham chegado da Argentina à Nicarágua em 2001.
Elas solicitaram a assim chamada “dissolução voluntária” da organização, mas a mídia local deixa claro que foram forçados a fazê-lo “em meio ao fechamento desenfreado de organizações não governamentais e à sequência de expropriações realizadas pelo regime de Daniel Ortega e sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo”. De fato, de novembro de 2018 até o momento, a ditadura de Ortega expropriou bens e ativos de cerca de 3.321 ONGs.
O mosteiro trapista agora "pertence" ao Instituto Nicaraguense de Tecnologia Agropecuária (INTA), segundo informações fornecidas pelas próprias irmãs trapistas à imprensa da Nicarágua.
Na noite de 3 de abril, o regime de Ortega havia expulsado repentinamente o missionário claretiano pe. Donaciano Alarcón Valdés. Recorde o fato acessando o seguinte artigo: