"O Jubileu de 2025 não tem apenas um valor religioso, mas também implica um renascimento ético, moral, social e cultural", escreve o Papa Francisco em uma carta para o 145º aniversário da fundação do jornal italiano Il Messaggero, publicada na primeira página do jornal em 19 de junho. Ele espera que esse ano jubilar ajude a "libertar indivíduos, cidades, nações e povos de toda forma de escravidão e degradação".
Nessa mensagem dirigida ao presidente do Messaggero, Francesco Gaetano Caltagirone, o bispo de Roma considera que o diário nacional "que atravessou a história italiana desde o final do século XVIII até os dias de hoje, […] ainda representa um ponto forte no jornalismo e na informação".
Dimensão ética
O pontífice de 86 anos incentivou particularmente a dimensão "ética" da missão dos jornalistas, em um momento em que "está se tornando cada vez mais difícil discernir a verdade das notícias falsas".
Referindo-se ao próximo Jubileu 2025, que diz respeito a "todo o mundo", o Papa enfatizou que Roma é chamada a se tornar "um polo de atração" para "relançar a mensagem cristã e reacender a esperança" entre os peregrinos apanhados no "cansaço da vida".
Reconciliação
Embora seja um momento para "colocar a reconciliação com Deus e uns com os outros de volta no centro de nossas vidas" e "repensar nossa própria existência", o Papa ressalta que a "prática religiosa" não é "o fim em si" do Jubileu. Ele define esse evento como "um processo" para promover "uma visão de uma sociedade mais justa e fraterna, onde os erros e as falhas são perdoados, onde aqueles que erraram são ajudados a se curar", para um mundo "mais humano".
Ao visitar os escritórios do Il Messaggero em seu 140º aniversário, em 9 de dezembro de 2018, o Papa confidenciou que era "o único jornal" que ele lia todas as manhãs antes de ir para o trabalho. Fundado em 1878, Il Messaggero, que é considerado de centro-esquerda, teve uma circulação de 60.000 exemplares em 2020, de acordo com a Sociedade Italiana de Verificação de Distribuição de Imprensa.