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Finalmente! Asia Bibi foi libertada e saiu do Paquistão

Asia Bibi

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Reportagem local - publicado em 08/11/18
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A cristã que passou quase 10 anos “no inferno”, condenada por suposta “blasfêmia contra o islã”, foi inocentada, mas continuava em risco de vidaFinalmente! O que tinha sido esperando entre angústias, esperanças e muita oração ao longo de quase 10 anos finalmente se realizou: Asia Bibi foi libertada.

No último dia 31 de outubro, o Supremo Tribunal do Paquistão tinha anulado a sentença de morte contra a mulher cristã, mãe de cinco filhos, condenada em 2010 pelo suposto crime de “blasfêmia contra o islã”.

Imediatamente após a anulação da sentença, extremistas muçulmanos reagiram com violentos protestos em diversas cidades do país, exigindo que o governo executasse a mulher.

Em 2 de novembro, o governo divulgou um acordo com o grupo radical Tehreek-e-Labbaik Paquistão (TLP) para impedir que Asia Bibi deixasse o país até que o Supremo Tribunal revisasse o caso.

Em 5 de novembro, Ashiq Masih, esposo de Asia Bibi, declarou à imprensa:

“A situação é perigosa para Asia. Sinto que a vida dela não está segura. Não podemos esquecer que dois cristãos em Faisalabad foram assassinados anos depois que um tribunal os libertou. Eles também tinham sido acusados ​​de blasfêmia. Eu apelo por isso ao governo para reforçar a segurança de Asia no presídio (…) A situação está muito perigosa para nós. Não temos segurança e estamos nos escondendo aqui e ali, mudando de lugar. Acho que os clérigos vão cercar a Suprema Corte no dia da audiência. Eu realmente vou estar com muito medo de ir lá no dia, mas acredito que Deus vem nos protegendo e vai continuar nos protegendo. Coloco toda a minha confiança em Deus”.

Em 7 de novembro, porém, autoridades do Paquistão libertaram Asia Bibi, que partiu rapidamente do país, com sua família, para algum destino seguro ainda não confirmado.

A informação é do advogado da família, Saif Maluk. Ele próprio saiu do Paquistão, alguns dias atrás, por causa das ameaças de morte que vem recebendo. Em declarações à agência AFP, Maluk afirmou:

“Preciso continuar vivo para dar andamento à batalha legal por Asia Bibi”.



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