Uma reconstituição dos acontecimentos da nossa salvação desde o fim da tarde da Quinta-Feira Santa até o sepultamento de JesusNão há total certeza quanto à cronologia da Paixão de Cristo. Ainda assim, é possível fazer uma reconstituição aproximada dos acontecimentos desse dia sacratíssimo, em que, entregando a Si mesmo, Jesus nos remiu do pecado e nos resgatou da morte eterna com o Seu próprio Sangue.
Costumam ser compartilhadas na Semana Santa diversas aproximações desta sequência de fatos. Veja duas delas, postadas no Facebook respectivamente pela página “Papa Francisco – Amigos e Amigas” e pela comunidade Toca de Assis:
Uma reconstituição das horas da Paixão
Embora não haja exatidão quanto aos horários, reproduzimos a seguir, visando ajudar na meditação, uma sequência de acontecimentos da Quinta e Sexta-Feira Santas conforme publicada pelo blog Cristo Sempre.
18:00 – Preparação da Páscoa
“Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos? Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa” (Lc 22, 7-13).
19:00 – Jesus lava os pés dos discípulos
“Durante a ceia, – quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo, sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós” (Jo, 13, 2-5. 12-15).
20:00 – Jesus institui o sacerdócio e a Eucaristia
“Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é Meu CORPO. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é Meu SANGUE, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados. Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de Meu Pai” (Mt. 26, 26-29).
21:00 – Jesus reza no horto das Oliveiras
“Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes, então: Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26, 36-38).
22:00 – Jesus entra em agonia, suando sangue
“Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mt 26, 39).
“Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo” (Lc 22, 43).
“Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra” (Lc 22, 44).
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23:00 – Jesus recebe o beijo da traição de Judas
“Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o! Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o. Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens aqui?” (Mt 26, 47-50).
24:00 – Jesus é preso
“Voltando-se para os príncipes dos sacerdotes, para os oficiais do templo e para os anciãos que tinham vindo contra ele, disse-lhes: Saístes armados de espadas e cacetes, como se viésseis contra um ladrão. Entretanto, eu estava todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e do poder das trevas” (Lc 22, 52-53).
01:00 – Jesus é levado até Anás
“Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo. Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, porém Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo (que era conhecido do sumo sacerdote) saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar. O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei. A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote? Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?” (Jo 18, 13-23).
02:00 – Jesus é entregue a Caifás
“Anás enviou o preso ao sumo sacerdote Caifás” (Jo 18, 24).
“Enquanto isso, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de o levarem à morte” (Mt 26, 59).
“Levantaram-se, então, alguns e deram esse falso testemunho contra ele: Ouvimo-lo dizer: Eu destruirei este templo, feito por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, que não será feito por mãos de homens. Mas nem neste ponto eram coerentes os seus testemunhos. O sumo sacerdote levantou-se no meio da assembléia e perguntou a Jesus: Não respondes nada? O que é isto que dizem contra ti? Mas Jesus se calava e nada respondia” (Mc 14, 57-61).
“O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito? Jesus respondeu: Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu. O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. Para que desejamos ainda testemunhas?, exclamou ele. Ouvistes a blasfêmia!” (Mc 14, 64-64).
03:00 – Jesus é três vezes negado por Pedro
“Estando Pedro embaixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote. Ela fixou os olhos em Pedro, que se aquecia, e disse: Também tu estavas com Jesus de Nazaré. Ele negou: Não sei, nem compreendo o que dizes. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou” (Mc 14, 66-68).
“Dirigia-se ele para a porta, a fim de sair, quando outra criada o viu e disse aos que lá estavam: Este homem também estava com Jesus de Nazaré. Pedro, pela segunda vez, negou com juramento: Eu nem conheço tal homem. Pouco depois, os que ali estavam aproximaram-se de Pedro e disseram: Sim, tu és daqueles; teu modo de falar te dá a conhecer. Pedro então começou a fazer imprecações, jurando que nem sequer conhecia tal homem. E, neste momento, cantou o galo. Pedro recordou-se do que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante duas vezes, negar-me-ás três vezes. E saindo, chorou amargamente” (Mt 26, 71-75).
04:00 – O Sinédrio entrega Jesus à morte
“Ao amanhecer, reuniram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, e mandaram trazer Jesus ao seu conselho. Perguntaram-lhe: Dize-nos se és o Cristo! Respondeu-lhes ele: Se eu vo-lo disser, não me acreditareis; e se vos fizer qualquer pergunta, não me respondereis. Mas, doravante, o Filho do Homem estará sentado à direita do poder de Deus. Então perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? Respondeu: Sim, eu sou. Eles então exclamaram: Temos nós ainda necessidade de testemunho? Nós mesmos o ouvimos da sua boca” (Lc 22, 66-71).
“Judas, o traidor, vendo-o então condenado, tomado de remorsos, foi devolver aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos as trinta moedas de prata, dizendo-lhes: Pequei, entregando o sangue de um justo. Responderam-lhe: Que nos importa? Isto é lá contigo! Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se. Os príncipes dos sacerdotes tomaram o dinheiro e disseram: Não é permitido lançá-lo no tesouro sagrado, porque se trata de preço de sangue. Depois de haverem deliberado, compraram com aquela soma o campo do Oleiro, para que ali se fizesse um cemitério de estrangeiros. Esta é a razão por que aquele terreno é chamado, ainda hoje, Campo de Sangue. Assim se cumpriu a profecia do profeta Jeremias: Eles receberam trinta moedas de prata, preço daquele cujo valor foi estimado pelos filhos de Israel; e deram-no pelo campo do Oleiro, como o Senhor me havia prescrito” (Mt 27, 3-10).
05:00 – Jesus é levado até Pilatos
“Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim? Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súbditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade?” (Jo 18, 33-38).
“Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem? Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti. Disse, então, Pilatos: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: Não nos é permitido matar ninguém. Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer” (Mt 20,19).
“Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma” (Lc 23, 4).
06:00 – Jesus é desprezado por Herodes
“E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém. Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência. Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca” (Lc 23, 7-11).
“Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador” (Is 53, 7).
07:00 – Herodes reenvia Jesus a Pilatos
“Pilatos convocou então os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo, e disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte. Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar” (Lc 23, 13-16).
08:00 – Jesus é flagelado
“Pilatos então mandou então flagelar Jesus” (Jo 19,1).
“Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte” (Mc 15, 16).
“Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas” (Is 53, 4-5).
09:00 – Jesus é coroado de espinhos
“Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça… diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas” (Jo 19, 2-3).
“Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve, rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça” (Mt 27, 28-30).
10:00 – Jesus é condenado à morte
“Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei! Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei além do César!” (Jo 19, 14-15).
“Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco! E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado” (Mt 27, 24-26).
11:00 – Jesus carrega a cruz até o Calvário
“Em seguida levaram-nO para crucificar” (Mt 27, 31).
“Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota” (Jo 19, 17).
“Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus” (Lc 23, 26).
“Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam. Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco?” (Lc 23, 27-31).
12:00 – Jesus é despojado de Suas vestes e crucificado
“Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sl 21,19). Isso fizeram os soldados” (Jo 19, 23-24).
“Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: Jesus de Nazaré, rei dos judeus. Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego. Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, mas sim: Este homem disse ser o rei dos judeus. Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi” (Jo 19, 19-22).
13:00 – Jesus nos entrega Maria como nossa mãe
“Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé, que o tinham seguido e o haviam assistido, quando ele estava na Galileia; e muitas outras que haviam subido juntamente com ele a Jerusalém” (Mc 15, 40-41).
“Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa” (Jo 19, 26-27).
Entre 14:00 e 15:00 – JESUS MORRE NA CRUZ
“Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca” (Jo 19, 29).
“Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: Tudo está consumado” (Jo 19, 30).
“O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes” (Mc 15, 38).
“Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46).
“Inclinou a cabeça e rendeu o espírito” (Jo 19, 30).
Entre 15:00 e 16:00 – Jesus é trespassado pela lança
“Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19, 31-34).
Entre 16:00 e 17:00 – Jesus é retirado da cruz
“Após suportar em sua pessoa os tormentos, alegrar-se-á de conhecê-lo até o enlevo. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades. Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados” (Is 53, 11-12).
“Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimateia, cidade da Judeia, esperava ele o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus” (Lc 23, 50-52).
“Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido. Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo” (Mc 15, 44-45).
Entre 17:00 e 18:00 – Jesus é sepultado
“Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar” (Jo 19, 38-40).
“No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo” (Jo 19, 41-42).
“Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora” (Mt 27, 60).
“As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galileia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado. Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos” (Lc 23, 55-56).
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