Ao completar um ano de funcionamento, a estrutura está preparada para atender pacientes com sintomas da doença; profissionais também fazem um importante trabalho de conscientização junto às comunidades ribeirinhas do norte do Brasil Desde julho de 2019, o Barco-Hospital Papa Francisco atende as populações ribeirinhas da região amazônica brasileira. Ao completar um ano de funcionamento, o programa já registrou cerca de 46 mil atendimentos oferecidos a pacientes dos municípios que margeiam o Rio Amazonas, englobando uma região de cerca de 700 mil habitantes.
O barco, que nasceu depois de uma sugestão feita pelo Papa Francisco ao frei Francisco Francisco Belotti, da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, em 2013, facilitou o acesso à saúde em uma região de grandes desafios sociais e econômicos.
A embarcação tem 32 metros de comprimento e conta com 23 profissionais de diversas áreas da saúde. A estrutura possui aparelhagem para raios-x, mamografia, ecocardiografia e testes ergométricos. Há também consultórios, salas de cirurgia, laboratórios, farmácia, sala de vacinação, consultórios médicos e enfermarias.
Um forte aliado durante a pandemia
Além dos casos cotidianos de saúde pública a que se destina, o barco-hospital se tornou um grande aliado durante a pandemia do novo coronavírus. Em uma região em que a população tem dificuldades no acesso à informação e aos centros de saúde, os profissionais realizam um trabalho importantíssimo para evitar a disseminação da Covid-19.
O esquema de atendimento dentro da embarcação foi reestruturado para receber os pacientes com sintomas da doença. Foi adotado um novo fluxo trabalho e implantadas medidas de segurança e prevenção, como o uso obrigatório de máscaras, equipamentos de proteção individual para a equipe, higienização constante da estrutura e disponibilização de álcool em gel para todos.
Além de realizar atendimentos clínicos e acompanhamento dos casos suspeitos Covid-19, os profissionais de saúde que atuam nas expedições do barco fazem um amplo trabalho de conscientização sobre os perigos da doença, formas de contágio e prevenção.
“Não podíamos estar fora dessa luta. Nos unimos, nos reorganizamos em nossos atendimentos para juntos também lutarmos contra a Covid-19. Estamos lutando e procurando levar saúde diante da necessidade do nosso povo, principalmente aqueles que estão precisando desse momento”, explicou o frei Joel Sousa – um dos coordenadores do barco – ao site da CNBB.
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