Reviva a antiga tradição quaresmal dos cristãos romanos descobrindo as “igrejas estacionais”Seu antigo nome era simplesmente Hierusalem. A Basílica da Santa Cruz de Jerusalém é famosa porque abriga as relíquias da Paixão de Cristo, trazidas da Terra Santa para Roma em 326 pela imperatriz Helena, mãe de Constantino. A tradição diz, inclusive, que ela havia enchido um navio com terra dos lugares santos.
Esta terra foi colocada sob o piso do “Palácio Sessoriano”, que se tornou a Capela de Santa Helena. Era solo sagrado, tanto que na reconstrução de 1743 o piso da capela não foi tocado e ainda hoje, para acessá-lo, é preciso descer vários degraus.
O afresco da abside representa a descoberta das relíquias da Cruz, segundo a história da Lenda de Ouro: Santa Helena tocou um homem morto com a madeira das três cruzes, e ele ressuscitou após ter sido tocado pela madeira da Cruz Verdadeira.
A basílica sofreu várias reconstruções, sua aparência atual remonta ao século XVIII. Durante as restaurações do século XV foi encontrada a “Titulus Crucis”, tábua colocada sobre a cruz de Jesus, com a inscrição desejada por Pilatos. Na tábua está escrita em hebraico, grego e latim: “I. NAZARINVS RE[X IVDAEORVM]”.
Hoje as relíquias são mantidas em uma capela acessada por um corredor íngreme, que remete a subida ao Calvário. No relicário são mantidos três fragmentos da “Verdadeira Cruz”, dois espinhos da Coroa, um prego sagrado e o “Titulus Crucis”. Com o tempo, foram acrescentados fragmentos da Gruta de Belém, do Santo Sepulcro e da coluna de flagelação, da forca do Bom Ladrão e da falange do dedo de Santo Tomás.
Regozijai-vos com Jerusalém
e encontrai aí a vossa alegria,
vós todos que a amais
Isaías 66, 10
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* Em colaboração com o Escritório de Comunicação Social do Vicariato de Roma