Católica indiana com graves doenças cede oxigênio a enfermo de covid-19 e seu testemunho impacta as redes sociais: Rosy Saldanha, de 52 anos, sofre de diabetes, tem uma leve paralisia desde que ficou em coma em 2016 devido a uma hemorragia cerebral e faz diálise três vezes por semana porque seus rins entraram em colapso. Ela pesa hoje 40 quilos e corre alto risco de infecções.
Apesar de toda a delicadeza da sua situação de saúde, Rosy declarou ao marido, Pascal Saldanha:
Ela então fez questão de renunciar ao seu cilindro de oxigênio para que ele servisse a um doente de covid-19 em Mumbai, na Índia, onde o casal mora.
A Índia se tornou no mês passado o epicentro mundial da pandemia, superando marcos assustadores como 400 mil novas infecções em 24 horas e chegando a ultrapassar 8.000 mortes em 2 dias na semana passada. O patamar de novos contágios segue acima dos 360 mil por dia e a média diária de mortes no país prossegue acima de 3.500.
Neste cenário trágico, a falta de oxigênio nos hospitais é um dos muitos fantasmas que assombram a descomunal população de mais de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas.
Quem relatou a decisão de Rosy foi seu esposo Pascal, entrevistado pela agência católica Asia News.
A própria Rosy também trabalhou numa escola, a Xavier School, em Borivali, mas precisou deixar seu trabalho por causa da enfermidade. Desde que começou seu tratamento, a família já gastou 225.500 euros entre médicos, remédios e atendimentos hospitalares. Pascal tem uma empresa de organização de eventos e casamentos, mas a pandemia afetou drasticamente esse mercado, dificultando a situação financeira da família. Eles tiveram de vender uma propriedade para custear o tratamento de Rosy.
Apesar disso, a mãe de família declara:
Rosy insistiu para que Pascal vendesse suas joias e comprasse mais cilindros de oxigênio para… doá-los. Além do cilindro que foi dado ao marido de Shabana, eles doaram outros sete. Ainda dispostos a ir além, eles querem vender um gerador de eletricidade para ajudar cerca de 35 outros doentes.