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Cuba: manifestantes estão sendo punidos com rigor

Cuba

Protestos de junho de 2021 em Cuba contra a ditadura: manifestações têm prosseguido desde então

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John Burger - publicado em 09/08/21
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Conferência de Religiosos e Religiosas pede respeito ao "direito constitucional de se manifestar pacificamente"

Alguns dos manifestantes que tomaram as ruas das cidades cubanas em 11 de julho estão sendo “punidos com penalidades muito severas”, disse o conselho de administração da Conferência Cubana de Religiosos.

O grupo informou na terça-feira que “ainda há detidos aguardando julgamento”, de acordo com Catholic News Agency (CNA).

A Conferência Cubana de Religiosos tem oferecido aconselhamento jurídico aos detidos e apoio espiritual e psicológico para seus familiares desde o início dos protestos sem precedentes em Havana e várias outras cidades.

Os manifestantes expressaram sua frustração com o regime comunista, bem como a inflação, a escassez de alimentos e remédios e o gestão precária da pandemia.

A Conferência de Religiosos pede o arquivamento dos processos contra “pessoas que estavam exercendo seu direito constitucional de se manifestar pacificamente (que está protegido no Artigo 56 da Constituição)”. Também pede “o cumprimento da lei, das regras do devido processo legal e consideração pela idade e origem social dos participantes dos eventos”.

Dois dias após os protestos de 11 de julho, a Conferência de Religiosos saiu em apoio do “direito legítimo e universal” dos cubanos de expressar queixas contra o governo, agindo de “maneira ordenada e pacífica em público”.

“Como religiosos consagrados, vivenciamos esses eventos a partir de uma perspectiva de fé e reconhecemos a voz de Deus nas queixas do povo. As pessoas que saíram às ruas não são delinquentes; são pessoas comuns cubanas que encontraram uma maneira de expressar seu descontentamento”, disse o grupo em uma mensagem para as comunidades religiosas da ilha.