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Destruição de imagens de Nossa Senhora entristece a Colômbia

COLOMBIA
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Lucía Chamat - publicado em 21/12/21
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No norte do país, duas estátuas de Maria localizadas em uma via pública foram demolidas e despedaçadas. Semanas atrás, a mesma coisa aconteceu em um município próximo

O bispo da diocese de Montelíbano, monsenhor Farly Yovani Gil Betancur, atribuiu as recorrentes destruição de imagens de Nossa Senhora na Colômbia “ao fanatismo religioso” promovido por grupos de não católicos.

Em entrevista à Aleteia, o prelado disse que ações como essas atentam contra a liberdade de culto, que é protegida pela lei colombiana. Além disso, “ferem profundamente a fé do povo cristão e católico da comunidade montelibana”.

O bispo lembrou que a liberdade religiosa existente na Colômbia “visa o bem de todos e, portanto, quando há respeito pela diferença e as várias manifestações de fé são toleradas, todos podemos expressar nossas próprias crenças segundo as tradições e os costumes”.

Destruição de imagens de Nossa Senhora

Segundo reportagens da imprensa, duas imagens de Nossa Senhora de tamanho real e de gesso foram arrancadas à força dos pedestais, atiradas ao chão e totalmente destruídas. Uma delas era a imagem da Virgem da Imaculada e outra de Nossa Senhora do Carmo.

As imagens ficavam em nichos modestos no bairro La Lucha e na entrada de Montelíbano, município do departamento de Córdoba, às margens do rio San Juan.

O bispo informou que esta "flagrante atitude de intolerância religiosa" foi levada ao conhecimento da Procuradoria Geral da República, órgão responsável pelas investigações criminais na Colômbia. Porém, até o momento as investigações não produziram resultados.

No entanto, ele está confiante de que os responsáveis ​​serão identificados em breve, já que há várias câmeras de televisão no local. Dom Gil Betancur acrescentou que há indícios de que aqueles que cometeram este "ato sacrílego" são pessoas de outra denominação religiosa.

Outros ataques

Em Ayapel, outra cidade da mesma região de Córdoba, três imagens religiosas foram destruídas em julho de 2021 com o mesmo modus operandi de Montelíbano.

Na ocasião, segundo relatos da Igreja, em frente ao templo de São Jerônimo foram atacadas as imagens do Sagrado Coração de Jesus, da Virgem Maria e de Sant'Ana. Cada uma delas teve a cabeça cortada e as mãos decepadas.

Segundo Dom Gil Betancur, este outro ato sacrílego foi denunciado perante o Ministério Público e a Prefeitura, mas seis meses depois não há informação de quem teria cometido o crime.

Lamentando que estes atos de vandalismo tenham ocorrido no tempo do Advento, o Bispo de Montelíbano pediu às autoridades que os responsáveis "sejam devidamente repreendidos" e exortou os fiéis a se unirem em oração".