Uma freira italiana é assassinada no Haiti no último sábado, 25 de junho: ela caminhava numa rua quando foi vítima de um ataque armado que a deixou gravemente ferida. Mesmo levada rapidamente para o hospital de Bernard Mevs, não resistiu aos ferimentos. Nesta segunda-feira, 27, ela completaria 65 anos de idade.
A irmã Luisa Dell’Orto fazia parte da congregação religiosa das Irmãzinhas do Evangelho de Charles de Foucauld e era a responsável pela Casa de Charles, conhecida também como Kay Chal.
Situado em uma das áreas mais pobres da capital, Porto Príncipe, o centro oferece atividades formativas às crianças haitianas. Em 2010, a casa havia sido destruída pelo histórico terremoto que devastou o país a tal ponto que o Haiti nunca mais conseguiu se reconstruir, mesmo transcorridos já doze anos. Em 2013, ao reinaugurar a casa, a irmã Luisa afirmou à Rádio Vaticano que o objetivo do centro era "dar a mão para reconstruir os valores e o senso de dignidade" e para mostrar que, "com a Boa Nova, com o Evangelho, Deus ama o povo haitiano".
A religiosa decidiu permanecer no Haiti apesar da onipresente violência que tomou conta do país há anos e que parece piorar aceleradamente.
Fazia 20 anos que a freira partilhava no Haiti as alegrias e os sofrimentos com o povo do país, onde vivia a serviço principalmente das crianças.
Sua irmã biológica Maria Adele Dell’Orto afirmou ao Vatican News que, apesar do luto, sente o conforto de saber que a religiosa morreu cumprindo a sua missão.
O Papa Francisco também fez menção à irmã Luisa após o Ângelus deste domingo, 26, e enviou condolências à sua comunidade religiosa e aos seus familiares: