O tempo passa sem que percebamos. Acumulamos anos, experiências; o corpo muda. Normalmente, só percebemos isso quando paramos e olhamos para trás. Nesse momento percebemos que, em apenas 10 anos, a vida pode mudar enormemente.
Na realidade, Deus não precisa de muito para nos transformar, apenas exige o nosso mais sincero sim. Para a Irmã Adriana Emília, analisar a última década da sua vida é sempre uma oportunidade de comprovar quão imenso é o amor de Deus.
Recentemente, a irmã compartilhou em suas redes sociais a comparação entre sua vida atual e a que tinha há 10 anos. Em 2013 ela participou da JMJ no Rio com seu grupo de jovens; agora, em 2023, foi para a JMJ de Lisboa como religiosa.
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Chamado vocacional
Irmã Adriana contou à Aleteia que, antes de ingressar na congregação Servas de Jesus, fundada pela Beata Madre Carmen Rendiles, ela tinha uma vida como qualquer outra jovem: estudava Direito, saía com as amigas, ia a festas, tinha namorado. E ele participava de um grupo religioso. E foi nesse grupo que Adriana viu crescer o amor dela por Jesus e Sua Igreja.
“Num momento de oração diante do Santíssimo Sacramento descobri que Deus me chamava para ser religiosa. Jesus não queria um fim de semana, não queria um pouquinho do meu tempo; Jesus quis toda a minha vida e, abraçando o seu projeto, larguei o meu e abracei o dele”.
Na sua história vocacional, a Jornada Mundial da Juventude 2013 foi um momento chave. "Lembro-me de ter participado na Expo Vocacional e de ver tantos homens e mulheres dedicados a “estar com Ele”, tantos carismas, que questionei o meu projeto pessoal. Ao longo da JMJ do Rio vi muitos religiosos – a maioria deles jovens – que com sua alegria, simplicidade, proximidade e pobreza questionaram, sem saber, minha vida. É claro que voltei para casa com o coração pesado por ter vivido um Pentecostes juvenil", afirma a Ir. Adriana.
Agora, ela foi para a JMJ Lisboa 2023 com toda a esperança de reviver a experiência, mas de outro ponto de vista. “Para mim foi lindo sentir que agora caminhava no meio daquela multidão, mas desta vez como consagrada. Pude vivenciar a beleza de partilhar a experiência vocacional com tantos jovens que -com curiosidade, timidez, alegria e entusiasmo- vieram cumprimentar e partilhar o chamado vocacional”.
Quem somos nós para fazer o Amor esperar?
Perguntamos à Irmã Adriana o que ela diria a uma pessoa que sente preocupação vocacional, e esta foi a sua resposta:
“Que a alegria de te conhecer de Deus e para Deus não se compara a nada deste mundo; que quando respondemos livremente ao chamado do Senhor podemos viver para o eterno, e que a verdadeira alegria está em viver pela razão pela qual existimos (essa é a premissa da minha vida). Por isso, com o coração disposto e cheio de humanidade, vale a pena lançar-se nos braços d’Aquele que é amor. E quem somos nós para fazer o Amor esperar?"