Fazer trabalho de caridade pode nos tornar mais felizesO dinheiro não pode comprar felicidade. Mas um novo estudo sugere que o voluntariado pode dar isso a você, gratuitamente.
Pesquisadores da Escola de Economia de Londres examinaram a relação entre o voluntariado e o grau de felicidade em adultos americanos. O estudo descobriu que “quanto mais as pessoas se voluntariassem, mais felizes elas se tornavam”.
“Entre pessoas que nunca se voluntariaram, as probabilidades de serem ‘muito felizes’ aumentaram em 7% se se voluntariassem mensalmente e em 12% se se voluntariassem a cada duas ou quatro semanas. Entre os voluntários semanais, 16% se sentiram muito felizes”, disseram os pesquisadores. Assim, servir os outros muitas vezes afeta o humor do voluntário de forma positiva. Quando nos concentramos em outras pessoas, nossos próprios problemas recuam. A tristeza some e a alegria assume seu lugar.
Estou feliz em dizer que experimentei este fenômeno. Atualmente trabalho como voluntária com o World Relief, uma organização que ajuda a instalar os refugiados. Às vezes ajudo no escritório, e em outras tardes ajudo os recém-chegados a escrever mensagens (compras de uniformes escolares, remédios ou mantimentos). Nunca me arrependo das horas que passo na agência. No processo, eu aprendo sobre a resiliência e a coragem diante do grave perigo. Experimentar a gratidão dos refugiados por cada pequena coisa é tocante. Eu percebo quão afortunada eu sou. Nada é mais gratificante do que dar o que tenho para ajudar as pessoas que perderam tanto. Sinto orgulho do meu trabalho, e feliz por ter feito isso.
A voluntária Shaela Manross tem servido como professora de Inglês. Ela diz: “Uma das lições mais valiosas que aprendi com o voluntariado é que as pessoas são pessoas, não importa sua cultura, status socioeconômico, habilidade / incapacidade física, até mesmo idade. Olhando superficialmente, minha vida pode parecer diferente da deles, mas muitas coisas são iguais. É essa verdade que nos une”.
E para alguns, os benefícios são ainda mais simples: a voluntária Katy McGarr diz que o voluntariado tornou-a mais feliz porque a tornou uma pessoa mais social. “Quando me voluntariei para trabalhar com animais, isso fez a minha vida melhor. Saber que eu era útil e necessária me fez sair de casa, e ajudar com as adoções forçou-me a falar com estranhos. Para um introvertido, essas duas coisas são grandes realizações!”.
Mas essas habilidades sociais e valiosas lições de empatia não são apenas importantes para os adultos, são boas para as crianças aprenderem também. Então por que não espalhar a felicidade em torno do voluntariado como uma família, como a mãe voluntária Michele Nietert tem feito com seus pequenos? “Meus filhos e eu entregávamos refeições aos idosos quando eles eram jovens. Eu gostava de ver os rostos das pessoas se iluminarem quando abriam a porta, e as crianças gritavam com suas pequenas vozes: ‘Refeições sobre rodas!’. Eu amava ser capaz de compartilhar a alegria de servir os outros com eles”.
Quando nos voluntariamos – por nós mesmos ou com nossos amigos e familiares – também abrimos nossos corações a experiências únicas e aprendemos coisas novas. A apresentadora de rádio e voluntária Rosa Hopkins explica: “Muitas vezes, aqueles que precisam de ajuda de alguma forma são capazes de transmitir um dom espiritual. Deus nos fala em situações fora de nossas experiências cotidianas”. Hopkins acrescenta: “Nós colocamos nossa fé em ação quando precisamos Dele para tudo que fazemos. Como resultado nossa caminhada com Deus crescerá, e estaremos preparados para continuar o trabalho”.
A voluntária Janie Simms concorda: “Eu costumava ser voluntária em uma despensa de alimentos para famílias. Eu adorava observar as mulheres pensando sobre as refeições que poderiam fazer. Lentamente elas selecionavam cada item que precisavam. Essas mulheres nunca saberão como elas me afetaram de forma positiva. Fez-me mais compreensiva e muito mais disposta a dar”.
O voluntariado aumenta nossa fé, também. Quando realizamos tarefas para as quais nos sentimos despreparados (como ajudar um refugiado ou cuidar de uma pessoa doente), confiamos em Deus de uma maneira nova e, assim, amadurecemos em nossa fé.
Doar nosso tempo é apenas uma maneira de mostrar gratidão a Deus por todas as bênçãos que Ele derramou sobre nós. E somos abençoados quando sacrificamos. É verdade o que as escrituras ensinam: “Há mais felicidade em dar do que em receber” (At 20,35).