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Papa Francisco aos pais: não condenem seus filhos com “orientações sexuais diferentes”

Papa Francisco na audiência de 26 de janeiro de 2022 menciona orientações sexuais diferentes e seus desafios na vida de família
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Francisco Vêneto - publicado em 27/01/22
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A orientação sexual não foi o tema central da audiência, mas Francisco a mencionou entre as situações que exigem diálogo de pais e filhos

O Papa Francisco abordou de passagem um delicado e importante aspecto da relação entre pais e filhos, durante a audiência geral desta quarta-feira, 26 de janeiro, no Vaticano: ele pediu aos pais para não condenarem seus filhos com "orientações sexuais diferentes".

A orientação sexual não foi o tema central da audiência: o Papa falava de como o exemplo e a intercessão de São José na vida familiar pode ajudar pais e filhos a encarar e resolver dificuldades, discordâncias e conflitos humanos. Ao mencionar exemplos, ele citou desde situações de doença até mortes em acidentes de carro, passando por desafios na escola e pelas dificuldades que muitos pais sentem para lidar com "orientações sexuais diferentes" de um filho.

Francisco declarou que pensa "em tantas pessoas que são esmagadas pelo peso da vida e não podem mais esperar ou orar. Que São José as ajude a abrir-se ao diálogo com Deus para encontrar luz, força e paz". Ele acrescentou que também pensa "nos pais diante dos problemas de seus filhos: crianças com muitas doenças, crianças doentes, inclusive com doenças permanentes – quanta dor existe ali! Pais que veem orientações sexuais diferentes nos seus filhos; como lidar com isso e acompanhar os filhos e não se esconder na atitude de condenação".

O Papa prosseguiu, citando outras circunstâncias que exigem muita fortaleza na família:

"Pais que veem seus filhos partirem por causa de uma doença e, ainda mais triste, e vemos isso todos os dias nos jornais, filhos que se envolvem em confusões e acabam morrendo em acidentes de carro. Pais que veem seus filhos não progredirem na escola e não sabem como… Tantos problemas dos pais! Vamos pensar nisso: como ajudá-los".

Francisco finalizou:

"A esses pais eu digo: não tenham medo. Sim, existe dor. Muita. Mas pensem no Senhor, pensem em como José resolveu os problemas e peçam a José para ajudar vocês. Nunca condenem um filho".