A rede norte-americana de fast-food Burger King zombou de Cristo em plena Semana Santa e depois apresentou um esfarrapado pedido de desculpas, repetindo o vergonhoso padrão, já surrado entre diversas marcas ou celebridades, de primeiro provocar para gerar burburinho e, diante das reações negativas, alegar, hipocritamente, que "não pretendia ofender ninguém".
É sério que não sabiam?
Francamente: quem é que, em sã consciência, consegue acreditar que, após 2.000 anos de cristianismo, particularmente nos países de mais arraigada história e cultura cristã, uma marca de alcance global, com décadas de experiência no mercado e na publicidade, iria de fato desconhecer a importância fundamental da Santíssima Eucaristia no próprio núcleo da fé de mais de um bilhão de pessoas?
Pois a campanha blasfema do Burger King, realizada na Espanha para divulgar produtos vegetarianos, ataca precisamente um dos mais sensíveis e queridos pilares da fé católica: a Presença Real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia.
Os anúncios da medíocre campanha publicitária arremedavam explicitamente as palavras sagradas de Jesus Cristo na Última Ceia, com as quais Ele instituiu o Sacramento do Seu Corpo e Sangue entregues em sacrifício pela redenção da humanidade:
Outro anúncio, na mesma linha de irreverência e insensibilidade religiosa, mostrava a frase "Carne da minha carne", mas riscando a palavra "carne" e substituindo-a por "vegetal".
A estúpida campanha publicitária, previsivelmente, indignou milhões de católicos no país e gerou críticas públicas de fiéis leigos e do clero. Dom José Ignacio Munilla, bispo da diocese de Orihuela-Alicante, comentou que, "pelo visto, a perda do gosto culinário e a falta de respeito pelos sentimentos religiosos caminham de mãos dadas".
As reações negativas viralizaram e a hashtag #BoicotBurgerKing ganhou alcance nas redes sociais.
Desculpas esfarrapadas
O Burger King apelou então para a batidíssima justificativa padrão, cujo nível de hipocrisia é estratosférico, de que "nunca teve a intenção de ofender ninguém".
A patética nota de "desculpas" foi veiculada neste domingo de Páscoa pela conta oficial do Burger King na Espanha.
Campanha de boicote ao Burger King
Milhares de pessoas assinaram uma campanha na plataforma CitizenGo exigindo um pedido formal de desculpas e a retirada da campanha publicitária. O texto na plataforma dizia:
Padrão hipócrita: primeiro ofendem, depois alegam que "não foi a intenção"
O padrão hipócrita de ofender abertamente a fé cristã e a pessoa de Jesus Cristo e depois alegar "não pretender ofender ninguém" tem sido usado por inúmeras "campanhas publicitárias" e "manifestações artísticas".
Outros casos de ofensas graves à fé cristã
Os ataques anticristãos "disfarçados" de publicidade, arte ou "liberdade de expressão" não constituem novidade alguma - nem sequer se amparam, portanto, na alegação de "criatividade", ainda que de mau gosto.
RENNER
Entre os milhões de católicos do Brasil é recorrentemente recordada uma ofensiva camiseta da rede Renner que insultava a sensibilidade religiosa de milhões de devotos de Nossa Senhora de Guadalupe. A justificativa apresentada pela empresa para tentar sanar o tiro no pé foi tão desastrada quanto a própria camiseta: escorava-se numa esdrúxula "explicação" pseudocultural que misturava a devoção mexicana à Virgem de Guadalupe com um folclórico "culto à morte", que, a seu ver, explicaria o porquê de uma imagem de Maria com uma caveira no lugar do rosto. Diante da repercussão negativa, a rede informou a retirada do produto de suas lojas.
INSTITUTO SANTANDER
O Instituto Santander, autodeclarado "cultural", também protagonizou uma das iniciativas anticristãs de maior repercussão negativa dos últimos anos no país. Em 2017, o instituto se viu forçado a encerrar a mostra blasfema "Queermuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira", em que, sob a hipócrita máscara da "liberdade de expressão", agredia gratuitamente símbolos centrais da fé de milhões de brasileiros. As 270 obras expostas abordavam, segundo a entidade, "questões de gênero e diferença", mas, na prática, muitas delas ridicularizavam pesadamente a fé católica. Entre as "peças", pasmem, havia hóstias nas quais estavam inscritos nomes de órgãos sexuais, além de imagens que evocavam pornografia, pedofilia e zoofilia.
REDE GLOBO
Poucos meses depois desse episódio vergonhoso, a rede Globo, que zomba sistematicamente da fé católica, emitiu uma edição do seu programa alegadamente humorístico "Tá no Ar" na qual o assim chamado humorista Marcius Melhem, fantasiado de sacerdote católico, também zombava da Santíssima Eucaristia. O falso padre protagonizava a imitação de um programa de televendas e pedia aos fiéis que ligassem para receber a comunhão por delivery, como se fosse fast food: "Peçam a hóstia delivery e fiquem de barriga cheia". O arremedo de humor anunciava, ainda, artigos jocosos como óculos 4D para assistir à missa sem sair de casa.
GAVIÕES DA FIEL
No carnaval de 2019, a escola de samba Gaviões da Fiel, ligada ao clube paulista de futebol Corinthians, apresentou a figura do diabo derrotando, supostamente, um santo católico, mas representado por características tipicamente atribuídas a Jesus Cristo em Sua Paixão, o que gerou grande repulsa por parte dos católicos e mesmo de igrejas evangélicas. O pe. Zezinho se manifestou a respeito lamentando: "E se alguém procurar um juiz, perderá a causa!". O pe. Gabriel Vila Verde também criticou: "O cristão que acha isso normal pode cuspir na Cruz".
PORTA DOS FUNDOS / NETFLIX
Recorrentes agressões gratuitas à fé cristã em geral e à fé católica em particular são perpetradas pelo grupo brasileiro autodeclarado humorístico Porta dos Fundos - sempre, é claro, em nome da "liberdade artística" ou "de expressão". O episódio que causou maior indignação nacional e internacional, provocado pelo grupo, foi o do seu assim denominado "especial de Natal", veiculado pela Netflix, "A Primeira Tentação de Cristo". Os insultos à fé cristã são tão patentes e explícitos nessa produção que, segundo informações da agência de notícias ACI Digital, até um representante legal da própria Netflix na Espanha, em declarações a um tribunal daquele país em 9 de setembro de 2020, admitiu que o filme é de fato ofensivo contra os cristãos. A Associação de Advogados Cristãos que processou a Netflix na Espanha perguntou ao mesmo representante se a plataforma também transmite filmes ofensivos na mesma medida contra outras religiões - e ele admitiu que não.