No dia 19 de julho, celebramos o Dia da Caridade, um dos Carismas da Obra Evangelizar. E nesta mensagem, quero reforçar a sua importância. Se nos declaramos cristãos, se queremos ser cristãos, não pode haver nenhuma dúvida: temos que ser caridosos, temos que praticar a objetividade a caridade. A caridade é uma das maiores virtudes cristãs. Se não praticamos a caridade, não somos cristãos.
Quando falamos em caridade logo pensamos na doação de alimentos, roupas, etc. É claro que é isso, mas não é só isso. Muitos “aproveitam” para fazer a caridade quando querem renovar seu guarda-roupa, então o que sobra, o que não se usa mais, o que está tomando espaço e nos incomodando é doado. Isso não é a verdadeira caridade, mas apenas um gesto de assistencialismo para tranquilizar a consciência. Mesmo quando temos poucos bens materiais para dividir, sempre contamos com uma riqueza extraordinária, que temos que conhecer e aprender a administrar, em nosso benefício próprio e de nossos irmãos e irmãs: o nosso tempo.
Muitas pessoas não precisam de nada material, precisamos apenas de uma atenção, de um gesto de carinho, de alguém que dedique um tempinho para ouvi-las.
Olhemos para a nossa vida, para o conjunto de recursos que temos. Ainda que vivamos com um pouco, sempre é possível partilhar com quem tem menos ainda. Depois disso, e independente se podemos ou não realizar alguma doação material, vamos pensar numa maneira de doar tempo. Esse tempo pode ser revertido na nossa participação em alguma ação objetiva, ou em separar um momento diário de nossas orações dirigidas aos necessitados.
Caridade, portanto, é nos colocarmos em sintonia, em empatia com os nossos semelhantes. Como cristãos, não podemos ser indiferentes ao outro. A participação no Reino de Cristo passa pelo amor misericordioso ao irmão necessitado. É por isso que Ele nos diz: “Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizerem isso a um dos menos dos meus irmãos, foi a mim o que fizeram”.