Após mais de dez anos à frente da Igreja Católica, o Papa Francisco não parece ter a intenção de reduzir o ritmo apesar da recente operação abdominal, que lhe exigiu dez dias de internação, nem das dores constantes no joelho, que o obrigam a usar cadeira de rodas na maior parte do tempo.
No começo deste mês, ele se juntou às centenas de milhares de jovens que foram rezar com ele na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa. Agora, no dia 31, Francisco decolará para um voo de dez horas com destino à capital da Mongólia, Ulan Bator - também transliterada como Ulaanbaatar.
Um recorde papal
Com quase 87 anos – seu aniversário é em 17 de dezembro –, o pontífice argentino é o mais idoso da história do papado a viajar ao exterior.
É fato que, em 2020, aos 93 anos, o Papa Emérito Bento XVI viajou à Alemanha para visitar seu irmão, mons. Georg Ratzinger, que estava gravemente enfermo em Ratisbona. Mas a sua última viagem como Papa reinante havia sido ao Líbano, em setembro de 2012, quando Bento tinha 85 anos de idade.
Já São João Paulo II tinha 84 anos ao fazer a sua última viagem ao estrangeiro, em 2004. O destino foi Lourdes, na França.
Por sua vez, São Paulo VI, falecido em 1978 aos 80 anos, já levava oito anos sem fazer nenhuma viagem ao estrangeiro depois de ter visitado a Ásia Oriental e a Oceania.
A Mongólia será a quarta viagem do Papa Francisco neste ano de 2023, depois das visitas à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul (fevereiro), à Hungria (abril) e a Portugal (agosto), onde presidiu a JMJ de Lisboa.
Desde a sua viagem ao Canadá, no ano passado, o chefe terreno da Igreja Católica tem usado uma cadeira de rodas em suas visitas ao exterior.
Ainda neste ano, o pontífice também visitará Marselha, na França, em 22 e 23 de setembro, e mencionou, embora sem especificar a data, que pretende fazer uma viagem ao Kosovo.
O Papa Francisco não é o pontífice mais velho da história. Esse recorde pertence ao Papa Leão XIII, que morreu em julho de 1903 aos 93 anos e 140 dias.