Tablados e uma máquina de costura diante do Juízo Final de Michelangelo
Graças às imagens do Centro Televisivo Vaticano, os jornalistas credenciados na Sala de Imprensa da Santa Sé puderam ter uma ideia do que está acontecendo na Capela Sistina, que desde ontem foi fechada aos turistas e agora passa por uma preparação para receber os cardeais durante o Conclave.
As imagens mostraram primeiramente a Capela Paulina, de onde os cardeais partem em procissão rumo à Capela Sistina, passando pela Sala Régia.
A Capela Paulina é assim chamada porque foi construída por Paulo III (1534-1549), projetada por Antonio Sangallo, enquanto a Sala Régia tem esse nome porque ali eram recebidos reis e embaixadores.
Já a Capela Sistina leva o nome do Papa Sisto IV (1471-1484), que encarregou a restauração de uma anterior capela medieval a Giovannino de Dolci.
Da eleição de seu sucessor, Inocêncio VIII (1484-1492), até Pio VI (1755-1799), realizaram-se na Capela Sistina 38 eleições de papas. Em seguida, quatro conclaves aconteceram no Palácio do Quirinal (que antes do nascimento do Estado italiano pertencia ao papado). Depois foi retomado o uso da Capela Sistina.
Até a eleição de Paulo VI (1963-1978), os cardeais eleitores tinham um trono na Capela Sistina. A partir desta eleição, foram retirados os assentos para abrir mais espaço.
Para a eleição de João Paulo I (1978) e do Papa João Paulo II (1978-2005) os tronos foram abolidos.
Os operários estão agora trabalhando no piso da Capela. Um tablado de madeira removível, a 50-60cm do chão, está sendo colocado para proteger o chão e para unificar o nível.
O pavimento será coberto por um tecido na cor bege suave, 500 metros quadrados.
Durante o conclave, os cardeais se sentam em duas fileiras de assentos em cada lado da Capela Sistina, de frente para 12 mesas compridas. Uma mesa à parte é dedicada à presidência.
As cadeiras dos cardeais são de cerejeira, com estofado marrom claro. No centro da Capela Sistina, haverá uma mesa em madeira finamente trabalhada, para o Evangelho, onde os cardeais farão o juramento.
Por último deve chegar a cadeira que pertencia a Leão XIII, sobre a qual sentará o Papa assim que eleito, para o ato de homenagem e obediência por parte dos cardeais eleitores.
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