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Os desafios do novo papa? É preciso um olhar de esperança

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Aleteia Vaticano - publicado em 10/03/13

Vaticanistas destacam as prioridades do sucessor de Bento XVI

Um olhar de esperança e misericórdia é do que precisa a Igreja agora. O novo papa deverá enfrentar o desafio de manter vivo o anúncio da fé cristã. Não terá apenas de cuidar da reforma da Cúria, do dossiê Vatileaks ou dos escândalos de abusos sexuais.

“É necessário se libertar da síndrome da crise: não se fala de outra coisa além da escassez de vocações, de sacerdotes que não estão à altura, de uma Igreja que envelhece. Creio e espero que os cardeais tenham a inteligência e sejam iluminados na eleição de um Papa que olhe para frente, que não chore sobre o leite derramado, mas que saiba anunciar uma fé viva”, afirma Luigi Accattoli, vaticanista de “Il Corriere della Sera”.

“O primeiro tema – acrescenta – é o anúncio da fé. Os problemas considerados ‘urgentes’ da Igreja, como a crise de vocações ou a reforma da Cúria, para mim são secundários. O primeiro é o caráter pascal do anúncio e da fé. É talvez por esse motivo que seja necessário olhar também fora da Europa.”

Olhar o positivo da Igreja é o que deve guiar o futuro sucessor de Pedro, explica Andrea Tornielli, vaticanista de “La Stampa”. “O primeiro desafio fundamental – afirma – é continuar os trabalhos já começados por Bento XVI na Nova Evangelização, quer dizer, apresentar o Evangelho de maneira positiva e propositiva ao mundo de hoje, seja na sociedade onde o catolicismo esteja presente ou onde ainda não tenha chegado.”

Por isso é importante destacar os aspectos mais belos da Igreja viva, assim como Bento XVI mencionava na sua última audiência geral na Praça de São Pedro, antes de sua renúncia.

“É necessário apresentar o rosto de uma Igreja misericordiosa e próxima das pessoas – acrescenta Tornielli – e este é o primeiro desafio do pontificado: um papa que não fale só aos católicos, mas a todo mundo, apresentando a cristandade em sentido positivo e misericordioso. E a diferença ocorrerá se os cardeais elegerem alguém que seja capaz de comunicar isso ou não. Está claro que é um desafio que afeta todos os continentes e parece que chegou o momento de um papa não europeu.”

Para o jornalista francês Antoine-Marie Izoard, diretor da agência católica I-Media, “não importa a cor nem a origem geográfica” do futuro papa. “Precisamos de um homem de grande fé, um homem com as mãos e o coração limpos, até o ponto de ser alheio aos problemas que têm abalado a Cúria. O futuro papa – conclui Izoard – deverá reformar as estruturas, também em sua forma moral. E que saiba dialogar com outras religiões, sobretudo com o Islã.”

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