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Testemunhas de Jeová: as mentiras (2)

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Jorge Luis Zarazúa - publicado em 15/04/13

Aprenda a se defender quando batem à sua porta: eles dizem que o inferno não existe

As testemunhas de Jeová afirmam que o inferno não existe.

Outra formulação do mito: "O assim chamado inferno é a sepultura comum da humanidade"; "Deus não castiga as pessoas no inferno".

Origem do mito: as testemunhas de Jeová afirmam que o ensinamento católico sobre o inferno procede do pensamento platônico, não da Bíblia.

O que a Bíblia diz? A Sagrada Escritura fala de um castigo definitivo e eterno para os que fazem o mal sem arrepender-se.

Comecemos fazendo uma distinção importante: "os infernos" e "o inferno".

Os infernos: este termo se refere ao Šeol, considerado como a morada dos mortos. É o que as testemunhas de Jeová chamam de "a sepultura comum da humanidade". Na verdade, os antigos pensavam que havia um lugar subterrâneo onde os mortos estariam: Šeol para os hebreus, Hades para os gregos, Mictlán para os indígenas mesoamericanos. Refere-se à morte física e se denomina também "Mansão dos Mortos" (cf. Ap 20, 13).

Este é o sentido presente no Credo chamado de Símbolo dos Apóstolos, ao afirmar que Jesus "desceu à mansão dos mortos", que indica precisamente que nosso Senhor morreu realmente, em oposição à heresia dos docetistas, que negavam a verdadeira encarnação do Senhor Jesus e, portanto, sua morte e ressurreição.

O inferno: este termo indica um castigo eterno, anunciado já desde o Antigo Testamento (cf. Is 66, 24b; Dn 12, 2). O Novo Testamento apresenta a existência deste castigo eterno de forma bastante clara (Mt 10, 28b; Mt 25, 31-46; Mt 25, 41. 45-46).

Convém sublinhar que a Sagrada Escritura utiliza várias expressões para referir-se a este castigo: inferno (Mt 10, 28b; Mc 9, 45); fogo do inferno e forno ardente (Mt 13, 50); fogo eterno (Mt 18, 8b; Mt 25, 41); inferno de fogo (Mt 18, 9b); castigo eterno ou perpétuo (Mt 25, 46); verme que não morre e fogo que não se apaga (Is 66, 24; Mc 9, 48); fogo inextinguível (Mc 9, 43); suplício eterno (Mt 25, 46); segunda morte (Ap 20, 14; Ap 21, 8); lago ou fossa de fogo e enxofre (Ap 20, 10); condenação perpétua (2Tes 1, 9); etc.

Implica em não ter o nome no Livro da Vida (Ap 20, 15), não entrar na Jerusalém celeste, a Cidade Santa, nem ter acesso à Árvore da Vida (Ap 22, 14-15), bem como viver longe da presença do Senhor e da sua poderosa glória (2Tes 1, 9).

Este castigo é consequência das ações e omissões de cada um de nós (Mt 25, 41-46), o que significa fechar-se ao amor de Deus e ao próximo.

É interessante o que Bento XVI nos diz em sua encíclica Spe Salvi:

"Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; esta sua vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a vida, pode ter caracteres diversos. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa mesma história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste gênero. Em tais indivíduos, não haveria nada de remediável e a destruição do bem seria irrevogável: é já isto que se indica com a palavra inferno" (45).

Então, a existência de um castigo definitivo e eterno não é um mito. É uma verdade presente na Bíblia.

Verdade: existe um castigo definitivo e eterno, ao qual a Igreja denomina "inferno".

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