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“Efeito Francisco”: mais fiéis na Missa e no confessionário

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Aleteia Vaticano - publicado em 24/04/13

Resultados de uma pesquisa de Massimo Introvigne

Em seu primeiro mês de pontificado, o Papa Francisco conseguiu fazer que muitas pessoas afastadas da fé se aproximassem da Igreja. De fato, aumentou o número de fiéis que participam da Missa e das confissões.

Este é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Novas Religiões (CESNUR), pelo Instituto de Pesquisa sobre as Religiões, a cargo do sociólogo Massimo Introvigne Turín, com relação ao chamado "efeito Francisco": em outras palavras, buscou-se ver como os argumentos do Papa e seus convites a confiar na misericórdia de Deus aproximaram muitas pessoas da Igreja.

"Partimos da constatação de alguns jornalistas, que haviam detectado um 'efeito Francisco', sobretudo em relação ao crescente número de confissões – explicou o professor Introvigne à Aleteia – e quisemos oferecer dados reais."

Foram dados de caráter científico, com métodos ainda preliminares, mas com dados concretos. "Distribuímos um questionário que seguia o modelo 'em cascata', utilizado pelas redes sociais Facebook e Twitter, a partir de grupos frequentados especialmente por católicos."

Na amostra, formada por 200 sacerdotes e religiosos, 53% afirmou ter notado, em sua própria comunidade, um aumento das pessoas que se aproximaram da Igreja ou se confessaram; além disso, as pessoas mencionaram que seguiam explicitamente os convites do Papa Francisco, e que este era o motivo da sua aproximação da prática religiosa.

Portanto, o aumento dos fiéis não pode ser atribuído ao fato de que as pessoas frequentam mais a Igreja durante o período da Páscoa ou em épocas de crise econômica.

Em 43,8% dos casos, o aumento dos fiéis foi definido como "consistente", superior a 25%. Quem percebeu isso foram principalmente os religiosos (66,7%), com relação aos sacerdotes diocesanos (50%). Por outro lado, para 64,2% da amostra, o incremento está relacionado particularmente às confissões.

"Da mesma pesquisa, formada por uma amostra de 500 leigos, observou-se que o 'efeito Francisco' foi notável. Apesar disso, 41,8% dos leigos percebeu tal efeito, o que significa que é possível dar-se conta disso com uma simples observação."

"Os dados – continuou Introvigne – são bastante significativos dentro dos limites da pesquisa. Um efeito que se deduz de mais da metade da amostra é um fenômeno não só existente, mas também de grande importância. Se tentássemos traduzir os dados em termos de números e em escala nacional, em relação à média das paróquias e comunidades, poderíamos falar de milhares de pessoas que se aproximaram da Igreja porque aceitaram os convites do Papa Francisco."

Sem dúvida, o "efeito Francisco" é também um efeito de Ratzinger. "Muitos – comentou Introvigne – dizem espontaneamente que também ficaram comovidos com a renúncia de Bento XVI."

O pesquisador concluiu dizendo que este efeito será colocado à prova com o tempo. "Seria um erro tirar qualquer conclusão de um estudo que foi realizado depois de apenas um mês de pontificado. Mas, desde já, podemos dizer que não se trata de impressões e casos, mas de números reais."

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