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Tratamentos de fertilidade com três “pais” no Reino Unido

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Manuel Bru - publicado em 11/07/13

Finalidade terapêutica ou eugênica?

O governo britânico autorizou o tratamento de fertilidade com três "pais". O pretexto, como sempre que se quer ultrapassar os limites da bioética, é a suposta finalidade terapêutica.

A partir da manipulação de dois embriões, seria gestada uma terceira vida humana, para neutralizar uma previsível mitocôndria doentia da mãe. A proposta legislativa não cumpre pelo menos 5 princípios bioéticos fundamentais:

Em primeiro lugar, supõe a manipulação destrutiva de duas vidas humanas (o embrião dos pais e o embrião dos doadores), de maneira de ambas as vidas, com sua própria identidade genética, são sacrificadas em prol da monstruosa geração de uma terceira vida humana.

Em segundo lugar, é uma manipulação genética que requer jogar fora muitas vidas humanas em gestação. Além dos dois embriões manipulados, existem os que sempre são providenciados para agilizar o processo. Como toda fecundação in vitro, e ainda que isso costume ser ocultado da opinião pública, comporta vários micro-abortos por cada fecundação pretendida.

Em terceiro lugar, tem uma finalidade eugênica, ou seja, de purificação seletiva da raça. Ao invés de dizer "finalidade eugênica" eufemisticamente, diz-se "finalidade terapêutica". Mas isso é falso, porque a terapia significa processo de cura, e aqui não se cura ninguém, mas se busca, mediante métodos seletivos, a gestação de bebês encomendados.

Em quarto lugar, introduz uma segunda mãe, que também eufemisticamente é chamada de "mãe biológica", tentando separar a dimensão familiar da biológica. É contra a natureza que uma criatura humana nasça de uma combinação genética para cuja gestação intervêm um pai e duas mães, ou no futuro, vários pais e mães. Isso supõe anular o direito natural de ter um pai e uma mãe, e não um pai coletivo.

Finalmente, em quinto lugar, segundo a comunidade científica mais prestigiada, trata-se de um processo de manipulação genética sem nenhum conhecimento sobre seus efeitos. Não se sabe que tipo de vida humana se está fabricando.

Desde que, no paraíso, Adão e Eva pretenderam ser como Deus, nunca seus descendentes haviam chegado tão longe na hora de substituí-lo como Criador, com o fim de recriar, manipular e controlar seus semelhantes.

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AbortoPaternidade
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