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O Sínodo e a crise do matrimônio

catholic wedding in France (rings) – pt

Louise ALLAVOINE/CIRIC

<span class="standardtextlabel">Titre:</span> <span class="standardtextnolink">Illustration Mariage</span> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">Date de cr&eacute;ation:</span> <span class="standardtextnolink">28/08/2012</span></td> </tr> </tbody> </table> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">L&eacute;gende:</span> <span class="standardtextnolink">Juillet 2012 : Messe lors d&#039;un mariage catholique, dans le centre de la France.<br /> <br /> <br /> July 2012 : catholic wedding in France.</span></td> </tr> </tbody> </table> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">R&eacute;f&eacute;rence:</span> <span class="standardtextnolink">213283</span></td> </tr> </tbody> </table> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">Sous-titre:</span> <span class="standardtextnolink">2012_mariage_ciric_allavoine_02</span></td> </tr> </tbody> </table> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">Stock:</span> <span class="standardtextnolink">Ciric International</span></td> </tr> </tbody> </table> <table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" width="100%"> <tbody> <tr> <td valign="top"><span class="standardtextlabel">Voir le reportage:</span> <span class="standardtextnolink"><a class="standardtext">Illustration Mariage</a></span></td> </tr> </tbody> </table> <span class="standardtextlabel">Signature:</span> <span class="standardtextnolink"><a class="standardtext">Louise ALLAVOINE/CIRIC</a></span>

Russell Shaw - publicado em 26/09/14

A questão dos divorciados casados novamente é importante, mas não pode tomar toda a atenção dos bispos

A expectativa e ansiedade em relação à Assembléia do Sínodo dos Bispos, que acontecerá agora em outubro em Roma, estão aumentando. Só um assunto – a crise do casamento e da família – já seria razão suficiente para a expectativa, mas tem muito mais.

O Papa Francisco ajudou a criar esta situação aludindo às possibilidade de algum tipo de mudança na prática eclesial de negar a Comunhão aos católicos divorciados e casados novamente, na qual o primeiro casamento não foi anulado. Alguns estariam felizes – em certos casos porque veriam isso como uma abertura a outras mudanças que desejam -, enquanto outros indicam que se trataria de uma ameaça à indissolubilidade do matrimônio.

Recentemente, o secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, o bispo Nunzio Galantino, manteve viva a questão, definindo a “exclusão dos sacramentos” como um preço muito alto a ser pago pelos católicos que vivem uma união irregular.

Em poucos dias inicia a assembleia sinodal (de 5 a 19 de outubro), que reunirá 253 membros. Os divorciados casados novamente merecem obviamente atenção, mas outros elementos merecem também extremo cuidado.

A crise do casamento pode ser constatada nas estatísticas dos Estados Unidos, por exemplo, onde o percentual de adultos casados caiu de 68% em 1950 para pouco mais da metade em 2012, e o número de crianças nascidas de mulheres não casadas é hoje mais de 40% do total. E não é uma questão relativa somente nos Estados Unidos. Nos últimos dez anos, as taxas de casamento na maior parte dos países europeus, até mesmo aqueles tradicionalmente católicos, estão despencando.

Essas tendências preocupantes estão presentes também entre os católicos americanos. Em 2003, quando a população católica dos EUA era de 66 milhões, havia mais de 242.000 casamentos católicos e mais de um milhão de batismos. Ano passado, com três milhões de católicos a mais, foram 164.000 casamentos e 763.000 batismos. Trata-se de praticamente 78.000 casamentos e 240.000 batismos a menos.

Os fatores econômicos e culturais foram colocados juntos para chegar a estes resultados. Olhando para esta situação, o que o Sínodo poderia dizer?

O documento de trabalho da assembleia, reassumindo os inputs dos bispos e de outras personalidades de todo o mundo, ressalta repetidamente a necessidade de um maior ensinamento e de uma maior explicação da doutrina católica sobre questões como a santidade, a indissolubilidade do matrimônio e a moral sexual, e sobre os sérios deveres que comportam. O ensinamento e a explicação são necessários não apenas nos cursos de preparação ao matrimônio, mas também nas escolas católicas e na educação religiosa, assim como no púlpito e nos meios ligados à Igreja.

Tudo isso é fácil de dizer (e sem dúvida será repetido no Sínodo), mas não simplesmente aplicável, sobretudo diante de uma cultura secular e da mídia secular que difundem mensagens muito divergentes sobre estes temas. Uma consequência óbvia é que o Sínodo deve ajudar as famílias católicas a se tornarem contraculturas domésticas – enclaves familiares conscientemente envolvidos na transmissão da fé e na participação na missa, e também na prática dos valores evangélicos. 

A assembleia sinodal deste ano é um passo neste processo. Existirá uma outra em outubro de 2015, encarregada de formular recomendações específicas, e será seguida, provavelmente no início de 2016, por um documento pós-sinodal do Papa. Espera-se que os problemas das pessoas que vivem em “união irregular” não impeça de ver o quadro mais amplo. 

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CasamentocriseDivórcioFamília
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