Ironicamente, a principal razão de sermos tão bons para mentir aos outros é que somos bons para mentir a nós mesmos. Embora estejamos sempre prontos para acusar os outros de nos enganar, somos incrivelmente distraídos com nossa própria duplicidade. Experiências de termos sido vítimas de falsidade são gravadas indelevelmente em nossa memória, mas nossas próprias prevaricações escapam tão facilmente de nossa boca que geralmente nem nos damos conta delas. Mentir para nós mesmos pode ser uma maneira de manter a saúde mental.
Quando a mentira é descoberta e tem mais desvantagens que benefícios (sua esposa não olha na sua cara depois de descobrir seu caso extraconjugal) – só assim algumas pessoas dizem a verdade. Ao ser desmascarado, o mentiroso fica, muitas vezes, encurralado. Somente nessa hora demonstra algum tipo de arrependimento. Até então, tinha a sensação de jamais ser descoberto.
"Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho" (Provérbios 20:17)
Enquanto está impune em sua mentira, o mentiroso se mantém altivo, inatingível, mas depois, não terá motivos para se vangloriar. O modo perverso como o mentiroso cria uma teia, onde uma mentira leva a outra. Cria uma mentira para encobrir a anterior, é a arte de dissumular, conduzir e induzir as pessoas a sua volta, até que, uma hora ou outra, a casa cai…
"E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Apocalipse 21:27)
A vida cristã é imcompatível com a mentira! Ainda que apareçam exemplos como o de Raabe, que salvara os espias hebreus em Jericó. A Bíblia sempre reserva uma palavra de juizo em relação à mentira. Aproximadamente 200 versículos biblicos citam a mentira, e sempre como uma ação passível de condenação.
Minha oração neste momento:
"Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume" (Provérbios 30:8)