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Ela tem 91 anos e está indo a pé ao santuário de Luján

Emma Morosoni camina hacia Luján – pt

© La Voz

Esteban Pittaro - publicado em 18/02/15

São 1.200 quilômetros e ela já passou da metade do caminho. Mais ainda: ela faz isso desde os 70 anos. Por um motivo muito especial.

Uma rápida busca no Google seria suficiente para conhecer a distância entre as cidades e desistir de percorrer alguns trechos a pé, certamente.

No entanto, Emma Morosini, uma italiana de 91 anos, já passou da metade do caminho que vai da cidade de Tucumán, ao norte da Argentina, até o santuário nacional de Nossa Senhora de Luján, a poucos quilômetros de Buenos Aires. São 1.200 quilômetros, cerca de 250 horas, segundo o buscador.

Esta não é a primeira peregrinação de mais de mil quilômetros que Emma faz. Há 23 anos, os médicos lhe disseram que não havia mais esperança para sua saúde. "Naquele momento, prometi à Mãe de Deus que, se me recuperasse, iria a Lourdes", contou ela a um jornal polonês, em uma de suas peregrinações a Jasna Gora.

A peregrinação a Lourdes, quando Emma tinha 70 anos, tocou seu coração. Naquela ocasião, ela caminhou da sua casa, na Itália, até o santuário da França. Desde então, empreendeu caminhos de mais de mil quilômetros até Fátima, Terra Santa, Aparecida e Guadalupe.

De segunda a sábado, ela começa sua caminhada às 6h da manhã e caminha cerca de cinco horas, levando sua maleta improvisada e um guarda-chuvas.

Em suas peregrinações, Emma não caminha aos domingos. Ela dedica esse dia à oração e, certamente, ao descanso. Por isso, aos sábados, sua prioridade é encontrar um hotel. Nos demais dias, ela costuma se virar alugando um quartinho ou dormindo inclusive ao ar livre.

Tanto sacrifício… para quê?

"Para Nossa Senhora, pela paz do mundo, pela juventude e por todas essas famílias que hoje estão divididas. Muitos estão separados, alguns convivem mas não são esposos ou não têm filhos. É muito triste", declarou ao jornal "La Voz".

Na terra do Papa Francisco, Emma comentou também que gostaria de conhecê-lo quando voltar à Itália. Mas ainda lhe falta um longo trecho: cerca de 100 horas sozinha com seu casaco laranja, seu carrinho com a maleta, seus 91 anos e o motor de tudo: sua fé inabalável.

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