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Pena de morte: sete pessoas foram executadas por dia em 2014

Stop executions in Iran – © helen.2006-CC – pt

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Aleteia Vaticano - publicado em 22/04/15

Número total de execuções caiu, mas as condenações à morte aumentaram

De acordo com a Anistia Internacional, há certeza de 607 execuções realizadas em 2014 de pessoas condenadas à pena capital, mas o número real deve ser maior. É que a China, o país que mais executa prisioneiros, não divulga os seus dados “por questões de segurança”.

Estima-se que a pena de morte seja aplicada a pelo menos 7 pessoas por dia em todo o planeta. Em números absolutos, houve uma diminuição de 22% nas execuções em comparação com 2013, mas a quantidade de sentenças à pena de morte aumentou em 28% no mesmo período.

O Paquistão retomou as execuções no ano passado, assim como a Bielorrússia. Ambos os países tinham interrompido as condenações capitais durante alguns meses. Em dezembro, foram sete casos de condenados mortos no Paquistão, que ainda anunciou centenas de futuras execuções. Os crimes atribuídos aos condenados nesse país são em sua maioria de "terrorismo". A motivação para a retomada das execuções no Paquistão foi o ataque dos talibãs contra uma escola na cidade de Peshawar.

Salil Shetty, secretário geral da Anistia Internacional, considera "uma vergonha" que a pena capital seja empregada como forma de combate ao terrorismo e aponta que a tática não funciona. O Egito e a Nigéria, por exemplo, estão longe de superar a instabilidade política mesmo recorrendo massivamente à pena de morte.

Nenhum país condena mais gente à morte do que a China, cujo número de execuções, estimado em milhares, supera todo o restante do mundo somado. Em segundo lugar vem o Irã, que oficialmente executou 289 condenados, embora a Anistia Internacional calcule que tenham sido 454. Na Arábia Saudita, cujos números também são considerados imprecisos, houve no mínimo 90 execuções. O Iraque matou pelo menos 61 presos. Nos Estados Unidos, 35 prisioneiros no corredor da morte foram executados em 2014.

Os métodos de execução mais aplicados no ano passado foram a decapitação, o enforcamento, a injeção letal e o fuzilamento.

Vários países, por outro lado, estão avançando no sentido de abolir a pena de morte.

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