Ela tem 10 anos de idade, mora nas Filipinas e todos os dias se senta em frente a uma webcam para conversar com dezenas ou até centenas de homens adultos do mundo inteiro – em especial, dos países ricos.
Eles pedem que ela tire a roupa. Eles também se despem e se masturbam. Eles pedem que ela faça o mesmo.
Eles pagam, em sites gerenciados por máfias internacionais, para que crianças de países pobres façam sexo virtual com eles através da webcam. Eles são milhares. Eles sabem que, do outro lado da câmera, as pessoas com quem estão tentando satisfazer suas fantasias doentias são crianças de 10, 8, até 6 anos de idade. Eles não se importam. Eles não pensam nos pesadelos, nem nos traumas, nem no dano indelével que a sua tara provoca na psicologia dessas crianças para sempre.
Nem eles se importam, nem as máfias de tráfico humano que exploram essas crianças-produtos como itens descartáveis do seu catálogo comercial, que também inclui garotas e garotos de programa e escravos agenciados como mão-de-obra barata em dezenas de países.
Mas desta vez é diferente. Ela tem 10 anos de idade e se chama Sweetie. Eles pagaram para fazer sexo virtual com ela. O que eles não sabem é que ela não existe. Ela é um modelo computacional construído para rastrear os criminosos que abusam de milhares de crianças de verdade através de câmeras na internet. Eles não sabem que serão identificados. E presos.