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Incêndio em Dubai marca fim de ano sob forte medida de segurança no mundo

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Agências de Notícias - publicado em 01/01/16

Em todo o mundo, a passagem para 2016 foi acompanhada por medidas de segurança drásticas

Um incêndio de grandes proporções foi deflagrado nesta quinta-feira em um hotel de luxo em Dubai, em meio às comemorações de Ano Novo, marcadas este ano por reforçados esquemas de segurança no mundo todo, sobretudo na Europa.

Imensas chamas cobriam a fachada do hotel The Address Downtown, um hotel de luxo localizado perto da torre mais alta do mundo, Burj Khalifa, ao redor da qual uma multidão se reunia para o show de fogos de artifício pelo Ano Novo – anunciou a Polícia.

Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas – 14 levemente, declarou a assessoria do governo do emirado, acrescentando que uma delas teve uma crise cardíaca.

“Todos os hóspedes foram retirados” do prédio, afirmou o comandante da Polícia de Dubai, general Khamis Matar al-Mzeina, em entrevista à emissora Al-Arabiya.

“Até que o fogo seja controlado, não teremos informações sobre a origem do incêndio”, completou o general.

No Twitter, o governo local informou que as celebrações pela chegada do Ano Novo estão mantidas, apesar do incêndio.

Em Bruxelas, onde mais seis pessoas foram presas hoje após ameaças de ataques durante as festas de fim de ano, as comemorações públicas foram canceladas.

“É melhor não arriscar”, afirmou o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, que havia anunciado na véspera o cancelamento dos fogos de artifício esperados no centro da cidade.

A capital francesa, que ainda se recupera dos atentados de 13 de novembro passado prevê um forte esquema de segurança, com um grande número de policiais e de militares mobilizados para a virada do ano.

O fuso horário fez com que as comemorações começassem com os efeitos pirotécnicos sobre o Opera House e a Sydney Harbour Bridge, o primeiro grande espetáculo do Ano Novo.

A maior cidade da Austrália, onde os primeiros fogos de artifício foram lançados às 21h (7h de Brasília), investiu este ano sete milhões de dólares australianos (4,6 milhões de euros) para 12 minutos de espetáculo.

“Fica melhor a cada ano”, assegurou o prefeito de Sydney, Clover Moore.

Hong Kong, Pequim, Cingapura e outras megacidades asiáticas estão na briga, mas a noite será sóbria em Brunei, um pequeno sultanato de Bornéu, onde a lei islâmica proíbe qualquer celebração.

Rígido esquema de segurança

Apesar das ameaças, multidões devem ocupar as ruas de várias cidades na Ásia, no Oriente Médio, na África, na Europa e nas Américas, para celebrar a meia-noite com queimas de fogos de artifício, concertos e espetáculos de luz.

Em todo o mundo, a passagem para 2016 foi acompanhada por medidas de segurança drásticas. Este é o caso na Ásia de Jacarta, onde as autoridades frustraram recentemente um projeto de atentado suicida planejado para a noite de Ano Novo.

Isto é ainda mais evidente em uma Europa ainda traumatizada pelos ataques jihadistas em Paris. A capital francesa não terá a tradicional queima de fogos de artifícios, por uma “questão de decência”, de acordo com o gabinete da prefeita Anne Hidalgo.

A tradicional festa de Ano Novo será mantida no Champs-Elysées, mas de forma comedida e com 1.600 policiais mobilizados somente nessa área.

Estou “decidido a fazer o que for necessário para proteger os franceses”, declarou o presidente François Hollande, em mensagem à nação.

Cerca de 11 mil agentes – policiais, militares, bombeiros – contra 9.000 em 2014, estarão na capital francesa e seus arredores.

Em muitos outros países, as forças de segurança foram colocadas em estado de alerta, como na Turquia, onde um ataque suicida foi frustrado em Ancara.

Em Moscou, a emblemática Praça Vermelha, tradicional local de encontro para o Ano Novo, permaneceu, pela primeira vez, fechada ao público no momento do réveillon, novamente devido a temores de ataques.

Em Madri, onde um dispositivo de segurança sem precedentes foi anunciado, a polícia limitou a 25.000 o número de pessoas com permissão para ficar na Puerta del Sol, enquanto em Londres cerca de 3.000 policiais foram mobilizados para os fogos de artifício às margens do Tâmisa.

Em Berlim, a chanceler Angela Merkel se manteve firme em sua política de abertura aos migrantes, dizendo em seus votos de Ano Novo que seu fluxo é “uma oportunidade” para a Alemanha.

Já em Viena, o maestro letão Jansons, que dirigirá o famoso concerto de Ano Novo, anunciou um programa com “frescor” e “novidades”, além das mais clássicas valsas.

No Cairo, onde as autoridades tentam desesperadamente atrair de volta os turistas, as principais celebrações estão previstas em frente às pirâmides, com muitos artistas convidados.

Na vizinha Faixa de Gaza, o Hamas proibiu as celebrações do Ano Novo em locais públicos, evocando uma ofensa aos “valores e tradições religiosas”.

Freetown, capital de Serra Leoa, um dos países do Oeste Africano mais afetados pelo surto de Ebola, fará de tudo para voltar à lista das melhores festas de fim de ano da área. Há 12 meses, as ruas da cidade estavam completamente vazias por causa do vírus.

Em Nova York, um milhão de pessoas são esperadas, com um importante dispositivo de segurança na Times Square, onde vão se apresentar Demi Lovato e Jessie J.

Hoje, autoridades americanas anunciaram a detenção e o indiciamento de um jovem de 25 anos acusado de planejar um atentado terrorista para o fim de ano, no norte do estado de Nova York.

Por fim, dois milhões de pessoas foram à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para iniciar um 2016 cheio de expectativas com a realização dos Jogos Olímpicos.

(AFP)

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