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Dez cidades líbias anunciam apoio ao governo patrocinado pela ONU

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Agências de Notícias - publicado em 01/04/16

Dez cidades do oeste da Líbia anunciaram nesta quinta-feira seu apoio ao governo de união nacional patrocinado pela ONU, que tenta impor sua autoridade em um país com dois grupos que disputam o poder.

Em um comunicado publicado no Facebook, as prefeituras de dez cidades situadas entre Trípoli e a fronteira com a Tunísia pedem a todos os líbios que “apoiem o governo de união nacional”.

A nota também saúda a chegada a Tripoli, na quarta-feira, do chefe do governo de união nacional, Fayez Al Sarraj, com vários membros de sua equipe.

As principais cidade envolvidas na iniciativa são Sabratha, Zawiya e Zuwara.

O comunicado foi publicado na página do Facebook da prefeitura de Sabratha, cidade situada 70 km a oeste de Trípoli, após uma reunião na cidade dos dez prefeitos que firmaram o documento.

A iniciativa é um revés importante para o governo em Trípoli, não reconhecido internacionalmente, hostil à chegada do governo de união nacional e que até o momento controlava as dez cidades que firmaram o comunicado.

O governo não reconhecido em Trípoli tem o apoio da coalizão de milícias Fajr Libya, que controla a capital e declarou “ilegal” a chegada de Al Sarraj à capital líbia.

O governo de união nacional conta com o apoio da ONU, União Europeia e das potências ocidentais, que desejam a estabilização da Líbia.

Al Sarraj permanecia nesta quinta-feira protegido por tropas leais e tentando estabelecer sua autoridade em Trípoli.

A chegada de Al Sarraj na quarta-feira a Trípoli por via marítima, onde as autoridades rivais o receberam com advertências e ameaças, tem como objetivo alcançar uma autoridade unificada em todo o país.

Al-Sarraj foi recebido por altos membros da Marinha e autoridades locais, entre eles Aref el-Khoja, ministro do Interior do governo de Fajr Libya, uma clara demonstração da divisão reinante no interior das autoridades de Trípoli.

O chefe de governo passou a noite na base naval de Trípoli e, durante a madrugada, houve tiroteios e as transmissões de TV foram interrompidas.

Antes disso, em uma mensagem transmitida pela televisão, Khalifa el Ghwell, chefe do governo não reconhecido internacionalmente, denunciou como “ilegal” o governo encabeçado por Al Sarraj e afirmou que ele deve deixar Trípoli ou se render.

“Os que entraram ilegal e clandestinamente devem se render ou voltar por onde vieram”, senão terão que “assumir as consequências legais”, acrescentou.

Em função deste impasse, a União Europeia (UE) adotou nesta quinta sanções contra três personalidades líbias, acusando-os de obstruir o processo de paz na Líbia e a formação de um governo de união.

As sanções incluem o congelamento de bens e a proibição do visto para viajar à UE.

A Líbia está mergulhada no caos e nas lutas entre milícias adversárias desde a morte, em 2011, do ditador Muammar Khadafi, em meio a uma revolta apoiada militarmente pelo Ocidente.

Há vários meses, dois grupos, cada um com um governo formal e um Parlamento – instalados em Trípoli e em Tobruk – disputam o poder.

(AFP)

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