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“A natureza nos castigou duramente”: inundação e tremor em povoado do Equador

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Agências de Notícias - publicado em 17/04/16

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Primeiro inundações e depois um potente tremor: a natureza parece ter castigado Abdón Calderón, um povoado nas proximidades de Portoviejo, no oeste do Equador, a cerca de 180 km ao sul do epicentro do terremoto que atingiu o país.

“Não passou nem uma semana e a natureza nos castigou tão duramente. Não sabemos por que, mas a vida nos põe à prova”, disse neste domingo à AFP Nelly, de 73 anos, enquanto observava como o mercado do povoado ficou em escombros após o terremoto da véspera.

Nelly, que não informou seu sobrenome, passou a noite na rua, com medo de novos abalos. Vestindo uma camiseta e se protegendo do frio com os braços, conta das tristezas do povoado, atingido por fortes chuvas na semana passada, o que resultou em deslizamentos de terra.

“Na segunda-feira a água inundou o povoado, não havia casa que não tenha sido alagada. Na rua principal, a água batia no peito”, contou.

“Ali teve um morto”, apontou a mulher para o mercado destruído de Abdón Calderón que, como outros povoados da costa equatoriana, sofreu consideráveis danos pelo terremoto de magnitude 7,8 que sacudiu o Equador às 19H00 do horário local (00H00 GMT) de sábado. Mais de cem réplicas que o seguiram.

– “Como não vou chorar?” –

O mercado de Abdón Calderón despencou como um “castelo de cartas”, contou Nelly enquanto o bombeiro Alberto Santana inspecionava entre os escombros e ferros retorcidos para tentar recuperar o corpo de uma vítima, sob uma grande placa de concreto à vista de todos.

“Saímos correndo para a rua e já vimos o mercado no chão”, relatou se senhora sem poder evitar as lágrimas.

“Como não vou chorar? Havia uma pessoa presa que gritava pedindo ajuda, mas depois parou de gritar. Ai, Senhor, foi terrível”.

Os bombeiros que trabalham no local também comentaram a tragédia.

“Quando chegamos isso já estava a baixo. Encontramos duas vítimas”, detalhou Santana à AFP.

Francisco Mendoza, de 51 anos, era um dos mortos e seu corpo podia ser visto da rua. Além de se dedicar à agricultura, ele tinha uma barraca no lado de fora do mercado, onde vendia seus produtos nos sábados e domingos.

“Entrou para urinar, usar o banheiro de dentro do mercado. Veja como são as coisas da vida, urinando ali e acontece um terremoto”, disse à AFP Colón Mendoza, de 73 anos e pai da vítima.

Com a voz entrecortada, Colón disse: “Este terremoto não se iguala ao que eu senti. Este (terremoto) foi mais mais forte, como nunca, a casa sacudia tanto que dava medo, era um tremor enorme”.

“O terremoto foi longo, longo”, contou Colón, que olhando para o chão perguntou: “E agora, o que vai acontecer com a viúva e os dois órfãos (de 5 e 10 anos) de Pancho?”.

(AFP)

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