As aspirações que podemos fazer durante os atos comuns do dia-a-dia
Curtas aspirações que se devem fazer durante as ações ordinárias de cada dia:
1. Logo que desperteis do sono, elevai vossa alma a Deus e dizei-lhe: Senhor, o vosso amor e nada mais! Quero viver sempre em vós e para vós.
2. Ao vestir-vos, podeis dizer: Senhor, revesti a minha alma das vossas virtudes.
3. Ao despir-vos, ou quando mudais de roupa, podeis dizer: Senhor, despi minh’alma de todos os vícios e, principalmente, das inclinações que mais vos desagradam.
4. Antes de sairdes do vosso quarto, ou pelo menos, logo que vos for possível, ponde-vos de joelho e dizei: Este dia talvez seja o último da vida que Deus me concede para apagar os meus pecados e merecer o Céu. Ah, Senhor, quero consagrá-lo todo à vossa glória! Por mim só, nada posso fazer, mas tudo posso em vós e convosco. Meu Jesus, antes morrer que tornar a ofender-vos!
5. Ao enfeitar-vos e ao olhar-vos ao espelho, dizei: Tanto cuidado emprego para agradar aos homens e tão pouco para agradar a Deus, que me criou com tanto amor e me resgatou com seu sangue!
6. Ao sair de casa dizei: Santo Anjo da minha Guarda, guardai os meus olhos e todo o meu corpo e minha alma, para que me conserve fiel ao meu Deus.
7. Ao entrar na igreja dizei: Ó minh’alma, vais entrar na casa de Deus, onde tudo deve ser pureza e santidade: longe de mim todos os pensamentos da terra enquanto vou estar no palácio do Céu.
8. Ao assentar-vos à mesa, dizei: Pai misericordioso, ao mesmo tempo que alimentais meu corpo, alimentai também a minha alma com a vossa graça.
9. Quando fordes repousar, dizei: Eis aqui o leito para o descanso do corpo; quando chegará esse feliz momento em que minha alma descansará no seio de Deus?
10. Antes de fazerdes as vossas orações podeis dizer: Lembra-te, minha alma, que vais agora falar com o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores: a tua atenção, pois, deverá corresponder à tua pequenez e à Sua grandeza.
11. Quando cairdes em alguma falta, qualquer que ela seja, dizei logo: Senhor, quando pequei fiz o que sou capaz de fazer; Vós, agora, fazeis o que sois capaz de fazer, perdoando-me. Dou-vos graças por não ter feito pior, pois de mim sou capaz de cair em culpas ainda maiores.
Importante: depois disso, não penseis nessas faltas em que tendes caído; pensai nelas somente ao preparar e fazer a confissão, sem deixar que o inimigo mantenha a vossa alma perturbada e angustiada. Confiai em Deus!
12. Poder-se-hão empregar outras aspirações semelhantes quando estivermos ocupados com outras ações: devemo-nos lembrar, sempre, de que tais aspirações devem ser todas de confiança e de amor. Com estes meios começa-se maravilhosamente o caminho da verdadeira santidade; nele se fazem progressos e se chega à perfeição.
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Da “Direção para viver cristãmente”, do Pe. Quadrupani, 1905
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