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Vídeo: mulheres na guerra contra a fome

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Miriam Diez Bosch - publicado em 11/01/17

Uma entrevista com a “guerreira” Clara Pardo Gil, presidente da ONG espanhola Manos Unidas

Antiga profissional do setor bancário e do mercado de ações, Clara Pardo é a nova presidente da Manos Unidas, ONG Católica que conta com uma maioria de mulheres em sua organização. Os problemas do mundo serão corrigidos… com mais consciência. Na sede da organização em Madrid, Pardo apelou ao Papa Francisco e sua visão ecológica: As pessoas vêm em primeiro lugar.

Por que uma ONG de mulheres contra a fome?

Manos Unidas é uma organização que nasceu há quase 60 anos e foi fundada por um grupo de mulheres pertencentes a Ação Católica que decidiram declarar guerra contra a fome. Manos Unidas é uma ONG fundamentalmente feminina.

O Papa e a ecologia

Uma das mensagens leitmotiv é que o grito da terra é o grito dos pobres. O desmatamento demasiado provoca atraso nas chuvas, as monções falham.

A mudança climática causada acaba afetando as pessoas mais necessitadas, porque eles têm menos meios de sair disso, menos meios para combatê-la.

A nossa abordagem é, naturalmente, preocupação com as pessoas. As pessoas vêm em primeiro lugar, mas vêm unidas, não tem que separá-las.

A ecologia não é um fim, mas temos que viver em um mundo, precisamos cuidar de nossa casa, como diz o Papa Francisco, e nossa casa é nossa, mas o que importa são as pessoas que vivem nela.

Para onde vai o meu dinheiro?

Toda vez que há uma emergência, a resposta da sociedade tem sido incrível. As pessoas gostam de ouvir histórias de verdade, saber o que é feito com o dinheiro.

As obras de misericórdia são aqueles que procuramos realizar, pelo menos em parte: alimentar os famintos, dar de beber a quem tem sede, abrigar o peregrino…

A campanha em que estamos envolvidos por três anos é “Plántale cara al hambre”, nos move a lutar novamente contra a fome. Estamos muito envolvidos ajudando a formar cooperativas, ajudando com material de plantio, comprar tratores e, claro, para o futuro, para mim, é básica a educação.

Frutos de misericórdia

Eu acho que o ano da Misericórdia é mais um trabalho de consciência. Sim, claramente, estamos muito satisfeitos. A “Laudato sí”, a Misericórdia… estamos muito satisfeitos com as linhas que marca, está nos apoiando diretamente.

– Há comida suficiente no planeta?

Quando lemos os dados, é impressionante comprovar que no mundo há comida suficiente para alimentar não só a população atual, mas quase o dobro. (…) É tão triste que existem pessoas que morrem de fome quando há comida suficiente, que é efetivamente um trabalho de conscientização.

– As ONGs deveriam desaparecer?

Eu gostaria que pudéssemos desaparecer, isso significaria que não haveria mais fome no mundo. Enquanto houver fome continuaremos lutando, espero que não haja mais fome no mundo, que deixe de ter desigualdades, espero ver isso.

www.manosunidas.org

Twitter: @ManosUnidasONGD
Facebook: https://www.facebook.com/manosunidas.ongd

Tags:
fomeMulherValores
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