Múltiplos benefícios: praticar o desprendimento; ajudar quem precisa; angariar dinheiro para ajudar mais gente ainda!
O ponto de partida desta iniciativa é o desejo de viver a Quaresma direcionando tudo a Deus, mediante a confiança e entrega de todos os aspectos da própria vida a Ele. Como acréscimo, ainda se ajuda o próximo!
Junto com a oração e o jejum, um dos três pilares da Quaresma em termos de ação prática é a esmola – mas não no sentido mundano de “dar alguma coisinha” por mero “desencargo aparente de consciência”, e sim no sentido cristão tradicional: compartilhar bens materiais realmente úteis com pessoas necessitadas que possam de fato aproveitá-los. Não se trata necessariamente de dar dinheiro: podem ser oferecidas coisas úteis e em bom estado, das quais não precisamos mais. Desta forma, além de ajudar os outros, nos desapegamos do material.
E aqui vem o detalhe: não doe esses bens materiais diretamente; em vez disso, doe-os para a sua paróquia, a fim de serem vendidos por preços simbólicos!
Vendidos?! Como assim?
É que muita gente, mesmo necessitada, não se sente à vontade para receber donativos. Elas se sentem mais gratificadas quando podem retribuir com algo, mesmo que seja pouco. E esta é uma forma de valorizar a dignidade do trabalho e do esforço do próximo!
Além disso, o dinheiro angariado com as vendas, mesmo que também seja pouco, servirá para ajudar em outras obras da paróquia – ou para ser doado a instituições de caridade. Assim, todos ganham mais ainda!
Pensando nisto, que tal conversar com o seu pároco e organizar na sua igreja a “Feirinha Quaresmal do Desapego”?
A ideia é bastante simples:
1 – Reúna um grupo de voluntários para realizar o projeto.
2 – A primeira tarefa do grupo é solicitar donativos: peça aos paroquianos e à vizinhança em geral para doarem artigos em bom estado, dos quais não precisem mais. Oriente as pessoas a revisarem seus armários, gavetas, a cozinha, a despensa, a garagem… Muito provavelmente, quase todo o mundo vai encontrar alguma coisa boa da qual não precisa: um utensílio de cozinha, uma jaqueta, uma bicicleta, uma bolsa, uma mochila, um livro, um aparelho eletrônico, uma ferramenta, algum equipamento esportivo… É importante que sejam itens em bom estado, dignos de ser usados por outras pessoas.
3 – A segunda tarefa do grupo é revisar e catalogar os donativos recebidos e atribuir a cada peça um preço acessível, bem abaixo do preço original.
4 – Uma vez catalogados os artigos, a próxima tarefa é montar a feirinha, que pode ser organizada por setores. Alguns exemplos:
– Artigos para gestantes: cadeirinhas, berços, carrinhos de bebê, roupinhas…;
– Artigos para crianças: brinquedos, calçados, artigos esportivos…;
– Artigos para a casa: móveis, utensílios domésticos, lençóis, toalhas, louça…;
– Artigos educativos e formativos: livros, revistas, discos, CDs, DVDs…
5 – Marcar a data e divulgar a feirinha ao máximo, principalmente par o público mais necessitado. Para divulgar, pode-se recorrer às redes sociais, ao jornal do bairro, a emissoras de rádio, a instituições que trabalham com pessoas carentes…
6 – Realizar a feirinha no dia marcado – com muitos sorrisos no rosto e muito acolhimento fraterno!
7 – Entregar o dinheiro arrecadado à paróquia, seja para usar em outras obras, seja para doá-lo a uma instituição de caridade séria e de confiança.
Converse sobre esta iniciativa com o seu grupo de jovens, o grupo de oração, a sua turma da catequese… E, juntos, levem a ideia ao pároco para transformá-la num belo gesto quaresmal de desapego e serviço ao próximo!
Mãos à obra, católicos!
Festividade do dia
