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Mamãe Cecília, mulher atenta à dor alheia

Une astuce dans ma vie de maman pour grandir sur le chemin de sainteté

© Shutterstock

Vanderlei de Lima - publicado em 26/06/17

Hoje, muitas pessoas recorrem à Mamãe Cecília pedindo a ela que interceda junto a Deus por suas muitas necessidades

Mamãe Cecília é o nome carinhoso de Antônia Martins de Macedo, nascida, em 7 de julho de 1852, e falecida, em 6 de setembro de 1950, na cidade de Piracicaba (SP), e que está em processo de canonização: é Serva de Deus.

Na infância, como as demais crianças, Antoninha (outro apelativo carinhoso da Serva de Deus) foi à escola e, logo depois, aprendeu a costurar – era costureira ou modista, como, então, se falava –, profissão que a ajudou a se sustentar e também a estear toda a família. Sim, ela foi esposa, mãe e religiosa fundadora da frutífera Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria.

Daí a pergunta: em breve resumo, como foi a vida de Mamãe Cecília? – Ela, desde muito nova, alimentava o desejo de ser religiosa. Como na cidade de Piracicaba não havia convento, pensou ela em se fazer monja de clausura no conceituado Mosteiro da Luz, em São Paulo, fundado por um santo: Frei Antônio de Sant’Anna Galvão. Seu projeto, no entanto, não prosperou. Ao chegar aos 35 anos de idade, seu próprio pai apresentou a ela um noivo, Francisco José Borges Ferreira. Antônia, então, se casou e teve três filhos: uma mulher, Rosa, que era especial, e dois homens, João e Antônio.

Cinco anos depois, o marido faleceu vítima de problema pulmonar e ela teve de cuidar dos três filhos, sendo que Rosa dava um trabalho triplicado devido à sua condição limitada de agir. Antoninha, com a arte da costura, conseguiu, apesar das dificuldades, criar bem os filhos. Colocou João e Antônio no Liceu Coração de Jesus, na capital, cuidado pelos Padres Salesianos, e continuou tratando da filha com grande carinho materno. A ideia de consagrar a vida a Deus lhe voltou, no entanto, à mente e ao coração com muita ênfase. Ela já era, nessa época, da Ordem Franciscana Secular, com o nome de Cecília do Coração de Maria, daí ser tão conhecida como Mamãe Cecília.

Qual era a inspiração no coração de Cecília? – Reunir mulheres para ajudar os freis capuchinhos no trabalho de evangelização. Ao falar, no entanto, com frei Luiz Maria, que, anos antes, a acolhera na Ordem Franciscana Secular, ele não só confirmou que a inspiração era algo divino, mas acrescentou uma coisa que deveria nortear o caminho do grupo nascente: a caridade para com as crianças órfãs e abandonadas. Caridade que, logo, se estendeu a doentes, idosos, encarcerados etc. A Congregação frutificou e, até 1912, Mamãe Cecília foi a primeira superiora geral da nova família religiosa franciscana que, hoje, conta com Fraternidades no Brasil e no Exterior.

Contudo, em 1916, devido a alguns mal-entendidos, que em nada afetava a fé e a moral da religiosa, Madre Cecília foi afastada do governo da comunidade que fundara. Passou a viver em um Chalé (pequena casa), dos 64 aos 95 anos de vida, de modo totalmente despojado e entregue à oração e à consolação a Jesus no Santíssimo Sacramento, por meio de visitas aos sacrários da cidade. Nunca, contudo, deixou de acompanhar o que se passava na Congregação, que ela tanto amava e na qual morreu. Pouco antes de morrer, já idosa, frágil e curvada, pediu perdão à Madre Geral por algum desencontro do dia a dia, a fim de expirar de bem com Deus e com os irmãos e irmãs.

Hoje, muitas pessoas recorrem à Mamãe Cecília pedindo a ela que interceda junto a Deus por suas muitas necessidades. Vão aqui sintetizados dois exemplos: 1) Uma jovem recém-casada, que não conseguia engravidar, alcançou, por meio de Madre Cecília, a graça de ser mãe. Contudo, exames demonstraram que a criança poderia nascer com síndrome de Dwon, além de anomalias cromossômicas e problemas cardíacos. Pediu, de novo, à Mamãe Cecília que ajudasse e a criança nasceu normal, causando, hoje, com 3 aninhos, admiração a quem a vê; 2) Um rapaz de 15 anos sofreu traumatismo craniano, jogando bola, e foi internado na UTI. Um sábado de manhã, seu quadro começou a piorar. O irmão, de 26 anos, pediu oração no mesmo dia. Resultado: na segunda-feira (menos de 72 horas depois), o adolescente teve alta completa.

Quem desejar conhecer Mamãe Cecília, a mulher atenta à dor alheia, pode pedir material gratuito, em vários idiomas, pelo e-mail: mcecilia.processo@fcmaria.org.br.

Vanderlei de Lima é eremita na Diocese de Amparo, SP.

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